segunda-feira, 18 de março de 2024

MISSAS AMANHÃ, DIA 19, EM HONRA A SÃO JOSÉ, NA PARÓQUIA SÃO JOÃO EUDES

 


CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DE SÃO JOSÉ NA CATEDRAL DE FORTALEZA

 


 Foto: Geilson Cajuí

O encerramento da Festa de São José, padroeiro do Ceará, ocorrerá na , amanhã, terça-feira, 19 de março, com celebrações na Catedral Metropolitana. Durante o dia ocorrerão celebrações eucarísticas das 8h30 até às 18h30 e haverá padres ministrando a confissão.

É importante destacar que as celebrações na Igreja da Sé costumam atrair fiéis e devotos não apenas da cidade de Fortaleza, mas de toda a região circunvizinha, demonstrando a devoção e o carinho que as pessoas têm por São José, que é não apenas padroeiro do Ceará, mas também da Arquidiocese de Fortaleza e de várias paróquias na área.

O santo é venerado como padroeiro em 12 paróquias de nossa Igreja Particular: Centro (Catedral), Vila Pery, Passaré, Papicu, Sapiranga, Lagoa Redonda, Dourado (Horizonte), Maracanaú (Centro), Aquiraz (Centro), Bela Vista (Canindé), Alto Luminoso (Cascavel) e Araturi (Caucaia).

Programação na Catedral:

8h30 – Missa dos enfermos, presidida por padre Paulo Sérgio;

10h – Missa dos Josés, com padre Clairton Alexandrino;

12h – Missa das crianças, com padre Watson Façanha;

16h – Missa das famílias, com padre Glailson Ribeiro;

17h – Procissão: saída da Catedral, Rua Rufino de Alencar, Avenida Dom Manuel, Rua Costa Barros, Rua Sobral e Catedral;

18h30 – Missa de encerramento, presidida por Dom Gregório Paixão, OSB.

Acompanhe a programação das outras Paróquias aqui.

Mais informações: (85) 3231-4196, secretaria paroquial ou @catedralfor.


Texto: Thiago Ribeiro – Serviço de Comunicação da Arquidiocese de Fortaleza.

SOLENIDADE DE SÃO JOSÉ

 


O TEMPO DE DEUS

 

Pe. Johnja López Pedrozo

EVANGELHO DO DIA

 


+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 8,1-11

Naquele tempo: 1Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2De madrugada, voltou de

novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a

ensiná-los. 3Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher

surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, 4disseram a Jesus: 'Mestre,

esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério.

5Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?'

6Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas

Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7Como persistissem

em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: 'Quem dentre vós não tiver pecado, seja o

primeiro a atirar-lhe uma pedra.' 8E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no

chão. 9E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos

mais velhos; e Jesus ficou sozinho,

com a mulher que estava lá, no meio do povo. 10Então Jesus se levantou e disse:

'Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou ?'

11Ela respondeu: 'Ninguém, Senhor.' Então Jesus lhe disse:'Eu também não te

condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais.'

Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

 

18 DE MARÇO DE 2024

2ª. FEIRA DA V SEMANA DA

QUARESMA


Cor Roxo


1ª Leitura - Dn 13,1-9.15-17.19-30.33-62

Leitura da Profecia de Daniel 13,1-9.15-17.19-30.33-62

Naqueles dias: 1Na Balilônia vivia um homem chamado Joaquim.

2Estava casado com uma mulher chamada Susana, filha de Helcias,

que era muito bonita e temente a Deus. 3Também os pais dela eram pessoas

justas e tinham educado a filha de acordo com a lei de Moisés. 4Joaquim era

muito rico e possuía um pomar junto à sua casa. Muitos judeus costumavam

visitá-lo, pois era o mais respeitado de todos. 5Ora, naquele ano, tinham sido

nomeados juízes dois anciãos do povo, a respeito dos quais o Senhor havia

dito: 'Da Babilônia brotou a maldade de anciãos-juízes, que passavam por

condutores do povo.' 6Eles freqüentavam a casa de Joaquim, e todos os que

tinham alguma questão se dirigiam a eles.

7Ora, pelo meio-dia, quando o povo se dispersava, Susana costumava entrar e

passear no pomar de seu marido. 8Os dois anciãos viam-na todos os dias

entrar e passear, e acabaram por se apaixonar por ela. 9Ficaram

desnorteados, a ponto de desviarem os olhos para não olharem para o céu, e

se esqueceram dos seus justos julgamentos. 15Assim, enquanto os dois

estavam à espera de uma ocasião favorável, certo dia, Susana entrou no

pomar como de costume, acompanhada apenas por duas empregadas.

E sentiu vontade de tomar banho, por causa do calor. 16Não havia ali

ninguém, exceto os dois velhos que estavam escondidos, e a espreitavam.

17Então ela disse às empregadas: 'Por favor, ide buscar-me óleo e perfumes e

trancai as portas do pomar, para que eu possa tomar banho'. 19Apenas as

empregadas tinham saído,

os dois velhos levantaram-se e correram para Susana, dizendo:

20'Olha, as portas do pomar estão trancadas e ninguém nos está vendo.

Estamos apaixonados por ti: concorda conosco e entrega-te a nós! 21Caso

contrário, deporemos contra ti, que um moço esteve aqui, e que foi por isso

que mandaste embora as empregadas'.

22Gemeu Susana, dizendo: 'Estou cercada de todos os lados!

Se eu fizer isto, espera-me a morte; e, se não o fizer,

também não escaparei das vossas mãos; 23mas é melhor para mim, não o

fazendo, cair nas vossas mãos do que pecar diante do Senhor!' 24Então ela

pôs-se a gritar em alta voz, mas também os dois velhos gritaram contra ela.

25Um deles correu para as portas do pomar e as abriu. 26As pessoas da casa

ouviram a gritaria no pomar e precipitaram-se pela porta do fundo, para ver o

que estava acontecendo, 27Quando os velhos apresentaram sua versão dos

fatos, os empregados ficaram muito constrangidos,

porque jamais se dissera coisa semelhante a respeito de Susana.


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28No dia seguinte, o povo veio reunir-se em casa de Joaquim, seu marido. Os

dois anciãos vieram também, com a intenção criminosa

de conseguir sua condenação à morte. Por isso, assim falaram ao povo

reunido: 29'Mandai chamar Susana, filha de Helcias, mulher de Joaquim'! E

foram chamá-la. 30Ela compareceu em companhia dos pais, dos filhos e de

todos os seus parentes. 33Os que estavam com ela e todos os que a viam,

choravam. 34Os dois velhos levantaram-se no meio do povo e puseram as

mãos sobre a cabeça de Susana. 35Ela, entre lágrimas, olhou para o céu, pois

seu coração tinha confiança no Senhor. 36Entretanto, os dois anciãos deram

este depoimento: 'Enquanto estávamos passeando a sós no pomar, esta mulher

entrou com duas empregadas. Depois, fechou as portas do pomar e mandou as

servas embora. 37Então, veio ter com ela um moço que estava escondido, e

com ela se deitou.

38Nós, que estávamos num canto do pomar, vimos esta infâmia.

Corremos para eles e os surpreendemos juntos. 39Quanto ao jovem, não

conseguimos agarrá-lo, porque era mais forte do que nós e, abrindo as portas,

fugiu. 40A ela, porém, agarramos,

e perguntamos quem era aquele moço. Ela, porém, não quis dizer.

Disto nós somos testemunhas'. 41A assembléia acreditou neles, pois eram

anciãos do povo e juízes. E condenaram Susana à morte.

42Susana, porém, chorando, disse em voz alta: 'Ó Deus eterno, que conheces

as coisas escondidas e sabes tudo de antemão,

antes que aconteça! 43Tu sabes que é falso o testemunho

que levantaram contra mim! Estou condenada a morrer,

quando nada fiz do que estes maldosamente inventaram

a meu respeito!' 44O Senhor escutou sua voz. 45Enquanto a levavam para a

execução, Deus excitou o santo espírito de um adolescente, de nome Daniel.

46E ele clamou em alta voz:

'Sou inocente do sangue desta mulher!' 47Todo o povo então voltou-se para

ele e perguntou: 'Que palavra é esta, que acabas de dizer?' 48De pé, no meio

deles, Daniel respondeu: 'Sois tão insensatos, filhos de Israel? Sem julgamento

e sem conhecimento da causa verdadeira, vós condenais uma filha de Israel?

49Voltai a repetir o julgamento, pois é falso o testemunho que levantaram

contra ela!' 50Todo o povo voltou apressadamente, e outros anciãos disseram

ao jovem: 'Senta-te no meio de nós e dá-nos o teu parecer, pois Deus te deu a

honra da velhice.' 51Falou então Daniel: 'Mantende os dois separados, longe

um do outro, e eu os julgarei.' 52Tendo sido separados, Daniel chamou um

deles e lhe disse: 'Velho encarquilhado no mal! Agora aparecem os pecados

que estavas habituado a praticar. 53Fazias julgamentos injustos,

condenando inocentes e absolvendo culpados, quando o Senhor ordena: 'Tu

não farás morrer o inocente e o justo!' 54Pois bem,

se é que viste, dize-me à sombra de que árvore os viste abraçados?' Ele

respondeu: 'É sombra de uma aroeira.' 55Daniel replicou 'Mentiste com

perfeição, contra a tua própria cabeça.

Por isso o anjo de Deus, tendo recebido já a sentença divina,

vai rachar-te pelo meio!' 56Mandando sair este, ordenou que trouxessem o

outro: 'Raça de Canaã, e não de Judá, a beleza fascinou-te e a paixão

perverteu o teu coração. 57Era assim que procedíeis com as filhas de Israel, e

elas por medo sujeitavam-se a vós. Mas uma filha de Judá não se submeteu a

essa iniqüidade.


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58Agora, pois, dize-me debaixo de que árvore os surpreendeste juntos?' Ele

respondeu: 'Debaixo de uma azinheira.'

59Daniel retrucou: 'Também tu mentiste com perfeição, contra a tua própria

cabeça. Por isso o anjo de Deus já está à espera,

com a espada na mão, para cortar-te ao meio e para te exterminar!' 60Toda a

assistência pôs-se a gritar com força,

bendizendo a Deus, que salva os que nele esperam. 61E voltaram-se contra os

dois velhos, pois Daniel os tinha convencido, por suas próprias palavras, de

que eram falsas testemunhas. E, agindo segundo a lei de Moisés, fizeram com

eles aquilo que haviam tramado perversamente contra o próximo. 62E assim

os mataram,

enquanto, naquele dia, era salva uma vida inocente.

Palavra do Senhor.

Reflexão –Nem sempre o testemunho dos homens é digno de confiança!

Podemos nos inserir na situação deste relato da história de Suzana para fazer uma

reflexão profunda sobre os nossos pensamentos, julgamentos e ações nas diversas

circunstâncias do nosso dia a dia. Só Deus conhece as coisas escondidas, por isso,

nem sempre o testemunho dos homens é digno de confiança! Muitas vezes, como

Suzana, alguém pode ser inocente, mas ser condenada, por causa do falso

testemunho de pessoas consideradas fidedignas, isto é, dignas de confiança.

Podemos, porém, nos encontrar nas duas situações; podemos ser o inocente, mas

também, dependendo da ocasião ser o falso acusador, cheio de autoridade. Quando

estivermos no lugar do inocente uma única coisa, nos ajudará: entregar a Deus a

nossa situação e confiar Nele que conhece as coisas escondidas e sabe tudo de

antemão. Ele virá em auxílio da nossa orfandade e nos enviará o anjo, como fiel

testemunha para nos salvar.  Daniel, jovem que tinha a “honra da velhice”, fez um

julgamento fiel ao que Deus lhe inspirava. O contrário dos dois juízes, pessoas

conceituadas, maduras, respeitadas no meio do povo, porém, levados pela paixão da

carne, “ficaram desnorteados desviando os olhos para não olharem para o céu, e se

esqueceram dos seus justos julgamentos.”  Partindo do pensamento, eles chegaram à

ação, mas foram punidos pelo próprio julgamento, quando foram arguidos sobre qual

árvores estavam postados na hora do delito. As suas próprias palavras desvendaram

toda a verdade libertando a vida de uma filha de Deus.  Qualquer um de nós, se

desviarmos os olhos do céu, poderá também  tramar contra a vida das pessoas

quando queremos ver atendidos os nossos interesses – O que você achou da história

de Suzana? – Você acha que essa realidade ainda acontece nos dias de hoje? -

Alguma vez você levantou falso testemunho contra alguém para livrar a sua pele?–

O que você aprendeu com a história de Suzana e os dois juízes?

Salmo - Sl 22, 1-3a. 3b-4. 5. 6 (R. 4a)

R. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,

nenhum mal eu temerei, estais comigo.

1O Senhor é o pastor que me conduz;*

não me falta coisa alguma.

2Pelos prados e campinas verdejantes*

ele me leva a descansar.

Para as águas repousantes me encaminha,*

3ae restaura as minhas forças.R.


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3bEle me guia no caminho mais seguro,*

pela honra do seu nome.

4Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,*

nenhum mal eu temerei.

Estais comigo com bastão e com cajado,*

eles me dão a segurança!R.

5Preparais à minha frente uma mesa,*

bem à vista do inimigo;

com óleo vós ungis minha cabeça,*

e o meu cálice transborda.R.

6Felicidade e todo bem hão de seguir-me,*

por toda a minha vida;

e, na casa do Senhor, habitarei*

pelos tempos infinitos.R.

Reflexão - A confiança na providência e na proteção do Senhor deverá ser a

bandeira que nós empunhamos em todos os momentos da nossa vida.

Passamos diariamente por vales tenebrosos, por situações difíceis que às

vezes, nos fazem desanimar e arrefecer o ânimo. Porém, a lembrança de que

temos um Pastor que olha por nós, Suas ovelhas, e que provisiona para nós,

água, óleo, casa, descanso, fartura, saúde, fortuna e felicidade nos faz seguir

com esperança  atravessando montes e colinas para chegar no nosso destino

final. O Senhor é o meu pastor e nada me faltará! Esse deve ser o nosso lema.

Evangelho – Jo 8, 1-11

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 8,1-11

Naquele tempo: 1Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2De madrugada, voltou de

novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a

ensiná-los. 3Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher

surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, 4disseram a Jesus: 'Mestre,

esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério.

5Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?'

6Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas

Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7Como persistissem

em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: 'Quem dentre vós não tiver pecado, seja o

primeiro a atirar-lhe uma pedra.' 8E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no

chão. 9E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos

mais velhos; e Jesus ficou sozinho,

com a mulher que estava lá, no meio do povo. 10Então Jesus se levantou e disse:

'Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou ?'

11Ela respondeu: 'Ninguém, Senhor.' Então Jesus lhe disse:'Eu também não te

condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais.'

Palavra da Salvação.

Reflexão – O pecado é uma traição a Deus!

Jesus não precisou argumentar muito nem debater com os acusadores daquela

mulher surpreendida em adultério. Somente com o gesto de escrever na areia

e de falar aos circunstantes, “quem dentre vós não tiver pecado seja o


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primeiro a atirar-lhe uma pedra”, Ele desfez os planos dos que queriam

apedrejar a mulher adúltera, conseguindo com que o povo se afastasse a

começar pelos mais vividos e experientes. Esta é a prova de que só o Senhor

conhece o nosso coração, os nossos motivos, as nossas razões. “Eu também

não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais!” Nunca

poderemos condenar alguém, porque pecou nem tampouco atirar pedra em

alguém quando ele erra! Precisamos seguir o exemplo do Mestre que mesmo

diante do povo que a condenava a ser apedrejada, para que se cumprisse a

Lei, Jesus, o único Santo, O Justo, a perdoava para que se cumprisse a Lei da

Misericórdia de Deus. No entanto, Jesus não eximiu aquela mulher do

pecado, mas não a condenou, usou de compaixão e a levantou daquela

situação. Nós que queremos seguir a Jesus precisamos aprender a

compreender as fraquezas do nosso próximo e, ao mesmo tempo, ajudá-lo a

reencontrar o caminho novo que o Senhor abre para ele. A conversão daquela

mulher partiu da misericórdia que Jesus usou para com ela. Talvez se ela

tivesse sido apedrejada, não tivesse se convertido, mas apenas se emendado

por algum tempo com medo de infringir a lei. Entretanto a revolta e a dor

permaneceriam dentro do seu coração. Pelo contrário, nós sabemos que

aquela mulher teve a sua vida completamente transformada por causa do

amor com que ela foi acolhida por Jesus. Pensamos que só adultera o homem

ou a mulher que traem um ao outro, porém existe o adultério espiritual,

quando negamos a Jesus, Seu Senhorio e prevaricamos em busca de outros

deuses que tentam preencher o nosso vazio espiritual. Hoje também Jesus

fala para todos nós de uma maneira bem clara: “quem não tiver pecado”,

isto é, quem não for pecador atire a primeira pedra. O pecado é uma traição

a Deus, seja ele qual for. Somos sim homens e mulheres adúlteros e

necessitados de misericórdia. Precisamos ter consciência disso.

 - Você tem aprendido com Jesus a ser misericordioso? 

– Você costuma também condenar e jogar pedras nas pessoas porque erram?

 – Com quem você tem traído a confiança de Deus? 

– Qual o seu menor pecado? 

– Será que o pecado tem tamanho?


Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho



SANTO DO DIA - SÃO CIRILO DE JERUSALÉM

Origens

São Cirilo de Jerusalém nasceu por volta do ano de 315 em Jerusalém ou em seus arredores. Pouco se sabe sobre sua infância e juventude, além de que ele cresceu num lar cristão, com uma vida financeira confortável. Recebeu uma sólida formação nas Sagradas Escrituras e em matérias humanísticas.

Sacerdote aos 30 anos
Ordenado sacerdote em 345, aos 30 anos, ele foi sagrado bispo de Jerusalém apenas três anos mais tarde, em 348. São Cirilo de Jerusalém viveu numa época em que a Igreja do Oriente estava envolvida em muitas controvérsias.  São Cirilo precisou enfrentar especialmente a heresia do arianismo. O arianismo basicamente negava a consubstancialidade entre Jesus e Deus Pai, ou seja, segundo os arianos, Jesus seria o filho de Deus, mas não o próprio Deus.

Escritos valiosos
São Cirilo deixou para a Tradição da Igreja diversos escritos, mas os mais famosos deles são as suas 24 catequeses, que estão entre os mais preciosos tesouros da antiguidade cristã. Suas catequeses foram escritas como parte da preparação dos catecúmenos para o batismo. Nela, incluem uma introdução, dezoito catequeses aplicadas durante a Quaresma e cinco “catequeses mistagógicas”, que foram ministradas durante a semana de Páscoa para aqueles mesmos que receberam o batismo.

São Cirilo de Jerusalém e o rigor à Doutrina

Catequeses
As catequeses são marcadas pelo rigor em relação à doutrina. A grande habilidade de São Cirilo em explicar conceitos complexos de forma simples e direta, facilita o entendimento. A título exemplificativo, vejamos como ele explica o significado da proclamação “Corações ao alto!”, na quinta catequese mistagógica:

Verdadeiramente, nesta hora mui tremenda, é preciso ter o coração no alto, junto de Deus, e não embaixo, na terra, nas coisas terrenas. Com autoridade, pois, o sacerdote ordena que, nesta hora, se abandonem todas as preocupações da vida e os cuidados domésticos e que se tenha o coração no céu, junto ao Deus benevolente.”

O capítulo das perseguições
A vida de São Cirilo não se resumiu às suas brilhantes catequeses, ela foi também marcada por polêmicas e perseguições justamente por causa do arianismo. Acácio, um bispo muito influente na época, simpatizante do arianismo, teria nomeado São Cirilo bispo de Jerusalém imaginando que fosse tê-lo como aliado na defesa da heresia. Mantendo-se fiel à sã doutrina, São Cirilo foi perseguido e acabou enfrentando por três vezes o exílio. A primeira vez em 357, conforme disposto por um Sínodo em Jerusalém. A segunda em 360, por obra direta de Acácio. O último exílio foi em 367, o seu mais longo exílio, que durou 11 anos, por obra direta do imperador Valente, que também era ariano. 

Com a morte do imperador, em 378, São Cirilo pôde finalmente voltar para a sua sede episcopal em ânimo definitivo. Participou em 381, do Concílio Ecumênico de Constantinopla, onde foi firmado o símbolo Niceno-Constatinopolitano.

Proclamado Doutor da Igreja e o seu reflexo na atualidade

Páscoa
Em 386, provavelmente no dia 18 de março, São Cirilo morreu, aos 71 anos de idade. Em meio a muitas acusações de heresia, São Cirilo permaneceu fiel à Igreja de Cristo. Foi paciente nas perseguições e sua ortodoxia foi reconhecida a tal ponto que em 1882 o Papa Leão XIII o proclamou Doutor da Igreja. 

Fontes de documentos atuais
Além disso, duas importantes constituições dogmáticas do Concílio Vaticano II, a Lumen Gentium e a Dei Verbum, foram inspiradas em seus escritos.

Sua repercussão na atualidade
São Cirilo de Jerusalém ajuda, até hoje, cristãos de todo o mundo a mergulharem no mistério da fé, como tão bem expressou o Papa Bento XVI:

O mistério que se deve desvendar é o desígnio de Deus, que se realiza através das ações salvíficas de Cristo na Igreja. Por sua vez, a dimensão mistagógica está acompanhada pela dos símbolos, que expressam a vivência espiritual que eles fazem “explodir”. Assim, a catequese de Cirilo, com base nas três componentes descritas – doutrinal, moral e, por fim, mistagógica –, resulta numa catequese global no Espírito. A dimensão mistagógica atua como síntese das duas primeiras, orientando-as para a celebração sacramental, na qual se realiza a salvação do homem todo. Trata-se, em definitivo, de uma catequese integral, que envolvendo corpo, alma e espírito permanece emblemática também para a formação catequética dos cristãos de hoje.

Exemplo de Vida e Oração

Ação de Deus
Olhando para a vida de São Cirilo, encanta-nos o que o Espírito Santo pode realizar na vida de quem se abre à graça de Deus: de um lado, um dom impressionante para transmitir a fé e a sã doutrina, por meio de catequeses que continuam atualíssimas até hoje; do outro lado, a paciência e a fortaleza para viver perseguido e não se render, não ceder ao desânimo nem ao cansaço. Mesmo que, imitando a Cristo, por tanto tempo não tenha tido um lugar onde reclinar a cabeça.

Minha oração
“Ajudai-nos, São Cirilo de Jerusalém, a buscarmos sempre mergulhar nos mistérios da fé, para que vivamos uma fidelidade à toda prova ao que Cristo nos ensinou. Ensinai-nos a suportar as perseguições, injúrias e falsas acusações com o coração limpo, sem temor, sem ódio, olhando apenas para Cristo que, crucificado, suportou muito mais perseguições, muito mais injúrias, muito mais falsas acuações. São Cirilo de Jerusalém, rogai por nós, para que sejamos fiéis a Deus como vós fostes, para que defendamos a verdade como vós defendestes, para que nos esforcemos para imitar a Cristo como vós imitastes.”

São Cirilo de Jerusalém, rogai por nós. Amém!

Fonte: Canção Nova Notícias

 

domingo, 17 de março de 2024

PAPA: DOM E PERDÃO SÃO A ESSÊNCIA DA GLÓRIA DE DEUS


"A glória, para Deus, não corresponde ao sucesso humano, à fama ou à popularidade: não tem nada de autorreferencial, não é uma manifestação grandiosa de poder seguida de aplausos do público. Para Deus, a glória é amar até dar a vida (...). E isto aconteceu de forma culminante na Cruz, onde Jesus manifestou ao máximo o amor de Deus, revelando plenamente o seu rosto de misericórdia, dando-nos vida e perdoando".

Jackson Erpen - Cidade do Vaticano

Para Deus, a glória é amar até dar a vida. Glorificar-se, para Ele, significa doar-se, tornar-se acessível, oferecer o seu amor (...). Dom e perdão são a essência da glória de Deus."

Chegamos ao V Domingo da Quaresma. E ao nos aproximarmos da Semana Santa, o Papa nos recorda que Jesus diz-nos algo importante no Evangelho: que na Cruz veremos a sua glória e a do Pai.

Para Deus, a glória é amar até dar a vida

 

Dirigindo-se aos milhares de fiéis reunidos na Praça São Pedro para o Angelus dominical, Francisco pergunta "como é possível que a glória de Deus se manifeste precisamente ali, na Cruz?". "Poder-se-ia pensar que isto acontece na Ressurreição, não na Cruz, o que é uma derrota, um fracasso", observa, mas ao invés disso, hoje Jesus, falando da sua Paixão, diz que "chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado". Mas, que exatamente Ele quer nos dizer ao afirmar isso?

Ele quer dizer-nos que a glória, para Deus, não corresponde ao sucesso humano, à fama ou à popularidade: não tem nada de autorreferencial, não é uma manifestação grandiosa de poder seguida de aplausos do público. Para Deus, a glória é amar até dar a vida. Glorificar-se, para Ele, significa doar-se, tornar-se acessível, oferecer o seu amor. E isto aconteceu de forma culminante na Cruz, onde Jesus manifestou ao máximo o amor de Deus, revelando plenamente o seu rosto de misericórdia, dando-nos vida e perdoando os seus crucificadores.

Verdadeira glória de Deus feita de dom e perdão

 

Da Cruz, “cátedra de Deus” - disse o Santo Padre - "o Senhor ensina-nos que a verdadeira glória, aquela que nunca se apaga e nos faz felizes, é feita de dom e perdão":

Dom e perdão são a essência da glória de Deus. E são para nós o caminho da vida. Dom e perdão: critérios muito diferentes do que vemos ao nosso redor, e também em nós, quando pensamos na glória como algo a ser recebido mais do que dado; como algo a ser possuído em vez de oferecido. Mas a glória mundana passa e não deixa alegria no coração; nem mesmo leva ao bem de todos, mas à divisão, à discórdia, à inveja.

Quando damos e perdoamos, resplandece em nós a glória de Deus

 

E então, o Papa propõe que nos perguntemos:

Qual é a glória que desejo para mim, para a minha vida, que sonho para o meu futuro? A de impressionar os outros pelo meu valor, pelas minhas capacidades ou pelas coisas que possuo? Ou o caminho do dom e do perdão, o de Jesus Crucificado, o caminho de quem não se cansa de amar, confiante de que isto testemunha Deus no mundo e faz brilhar a beleza da vida? Recordemo-nos, de fato, que quando damos e perdoamos, resplandece em nós a glória de Deus.

Que a Virgem Maria, que seguiu com fé Jesus na hora da Paixão - disse ao concluir - nos ajude a ser reflexos vivos do amor de Jesus.

COMUNIDADE ANUNCIA-ME COMEMORA 36 ANOS NO DIA DE SÃO JOSE



A Comunidade "Anuncia-me" comemora os seus 36 anos no dia em que a Igreja presta homenagem ao glorioso São José, padroeiro  do Ceará, o que acontecerá na próxima terça-feira, dia 19 deste mês de março.

Será um dia todo do encontro, no qual constará uma celebração eucarística, que será presidida pelo padre Antônio Neto, pároco de Parangaba.

Da programação, constam ainda palestras do padre Josieldo Nascimento e Lúcia Negreiros, fundadora da Comunidade. 

EVANGELHO DO DIA

 


+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 12,20-33

Naquele tempo: 20Havia alguns gregos entre os que tinham subido a Jerusalém, para

adorar durante a festa. 21Aproximaram-se de Filipe, que era de Betsaida da Galiléia,

e disseram: ‘Senhor, gostaríamos de ver Jesus.’ 22Filipe combinou com André, e os

dois foram falar com Jesus. 23Jesus respondeu-lhes: ‘Chegou a hora

em que o Filho do Homem vai ser glorificado. 24Em verdade, em verdade vos digo: Se

o grão de trigo que cai na terra não morre,

ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto. 25Quem

se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo

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conservá-la-á para a vida eterna. 26Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu

estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará. 27Agora

sinto-me angustiado. E que direi? `Pai, livra-me desta hora!’? Mas foi precisamente

para esta hora que eu vim.

28Pai, glorifica o teu nome!’ Então, veio uma voz do céu:

‘Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo!’ 29ª multidão que lá estava e ouviu, dizia

que tinha sido um trovão. Outros afirmavam:

‘Foi um anjo que falou com ele.’ 30Jesus respondeu e disse:

‘Esta voz que ouvistes não foi por causa de mim, mas por causa de vós. É agora o

julgamento deste mundo. Agora o chefe deste mundo vai ser expulso, 32e eu, quando

for elevado da terra,

atrairei todos a mim.’ 33Jesus falava assim para indicar de que morte iria morrer.

Palavra da Salvação.

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

 17 DE MARÇO DE 2024

DOMINGO DA V SEMANA DA

QUARESMA


Cor: Roxo


1ª. Leitura – Jer 31, 31-34

Leitura do Livro do Profeta Jeremias 31, 31-34

31Eis que virão dias, diz o Senhor, em que concluirei com a casa de Israel e a casa de

Judá uma nova aliança; 32não como a aliança que fiz com seus pais, quando os tomei

pela mão para retirá-los da terra do Egito, e que eles violaram, mas eu fiz valer a

força sobre eles, diz o Senhor. 33Esta será a aliança que concluirei com a casa de

Israel, depois desses dias, diz o Senhor: imprimirei minha lei em suas entranhas, e

hei de inscrevê-la em seu coração; serei seu Deus e eles serão meu povo. 34Não será

mais necessário ensinar seu próximo ou seu irmão, dizendo: 'Conhece o Senhor!`;

todos me reconhecerão, do menor ao maior deles, diz o Senhor, pois perdoarei sua

maldade, e não mais lembrarei o seu pecado'.

Palavra do Senhor.

Reflexão - A Nova Aliança foi sancionada quando Jesus Cristo se ofereceu

pelas nossas iniquidades!

Ao longo dos tempos, por meio dos patriarcas e de Moisés, o Senhor Deus foi

perpetrando alianças com o Seu povo, as quais, no entanto, sempre foram

violadas e não cumpridas por parte do homem. Na sua insensatez e

infidelidade o homem desprezava o pacto que fazia com Deus e rompia o

compromisso, cada vez mais aumentando a distância entre a humanidade e o


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Amor do Senhor. Agora, por meio do profeta Jeremias, no entanto, o homem

tem a promessa de uma nova aliança, diferente das outras. O Senhor renova a

Sua Aliança com a humanidade e faz a todos nós um apelo de conversão

quando diz: “Eis que virão dias, em que concluirei com a casa de Israel e a

casa de Judá uma Nova Aliança”. Ele mesmo é quem nos revela como isto

acontecerá: “imprimirei minha lei em suas entranhas e hei de inscrevê-la em

seu coração; serei seu Deus e eles serão meu povo”. Hoje, podemos afirmar

que os dias prometidos pelo Senhor já estão acontecendo, pois, Jesus já veio

estabelecer UMA NOVA ALIANÇA conosco, por isso, os nossos pecados são

perdoados, visto que é Ele quem nos justifica. A Nova Aliança foi sancionada

quando Jesus Cristo se ofereceu pelas nossas iniquidades entregando a Sua

vida e derramando o Seu Sangue para nos salvar. A Lei de Deus já foi selada

no nosso coração no nosso Batismo, quando Ele nos mandou o Seu Espírito

Santo. Portanto, a Nova Aliança é eterna e se realiza na medida em que

aceitamos Jesus Cristo como nosso Senhor e esposo da nossa alma. Ninguém

precisará mais ser instruído, pois a lei de Deus, isto é o Seu Amor, já está

gravada nos nossos corações de uma forma inapagável. Precisamos apenas

fazer a experiência, pois, todos nós que possuímos o Espírito Santo temos

capacidade de reconhecer a Jesus como Salvador e tê-Lo como Caminho,

Verdade e Vida. – Você já assumiu a Nova e Eterna Aliança que Deus fez

consigo? - Você sabia que Jesus veio desposar a sua alma? - Como você

entende esse casamento? – O Espírito Santo tem direcionado a sua vida?

Salmo 50,3-4.12-13.14-15 (R. 12a)

R. Criai em mim um coração que seja puro.

3Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia!*

Na imensidão de vosso amor, purificai-me!

4Lavai-me todo inteiro do pecado,*

e apagai completamente a minha culpa!R.

12Criai em mim um coração que seja puro,*

dai-me de novo um espírito decidido.

13ó Senhor, não me afasteis de vossa face,*

nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!R.

14Dai-me de novo a alegria de ser salvo*

e confirmai-me com espírito generoso!

15Ensinarei vosso caminho aos pecadores,*

e para vós se voltarão os transviados.R.

Reflexão - Deus está sempre nos concedendo a chance de renascer para uma

vida plena. Ele sabe muito bem que só seremos felizes se o nosso coração

estiver livre de tudo quanto nos acorrenta. Por isso, o salmista nos ensina a

pedir ao Senhor uma nova chance: “criai em mim um coração que seja puro,

dai-me de novo um espírito decidido”. É o Espírito Santo quem pode nos

conceder tudo de que precisamos: um coração puro que nos torne aptos (as),

novamente, a sentir a alegria da salvação e um espírito decidido para não nos

afastemos do caminho do Senhor.


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2ª. Leitura – Heb 5, 7-9

Leitura da Carta aos Hebreus 5, 7-9

7Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e

lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua

entrega a Deus. 8Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus

por aquilo que ele sofreu. 9Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de

salvação eterna para todos os que lhe obedecem.

Palavra do Senhor.

Reflexão - Ordens superiores não podem ser constestadas!

Jesus viveu aqui na terra como qualquer um de nós, por isso, passou por

dificuldades, fez súplicas ao Pai, pediu piedade, sofreu e até chorou. No

entanto, era também Deus mas não quis ter privilégios. Cumpriu a missão que

lhe fora destinada não se prevalecendo da Sua condição divina e como todo

homem, quando estava angustiado Ele se dirigia ao Pai com forte clamor.

Mesmo sendo Filho Jesus aprendeu a obedecer, por isso, passou pela Cruz e

“tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem”.

“Aprendeu a obediência por meio dos sofrimentos que teve”, tornando-se,

assim, o autor da salvação. Confiante na vitória e submisso à vontade do Pai,

Ele passou pela angústia e pela morte, para nos ensinar que quando aceitamos

a vontade do Pai e O obedecemos, nós também temos a vitória garantida,

ainda que tenhamos de enfrentar a cruz e até a morte, pois os planos do

Senhor para nós estão muito além das nossas expectativas humanas. Ordens

superiores não podem ser constestadas! O Plano de Deus é a salvação, para

nós, para a nossa família e toda a humanidade. Precisamos, então, refletir

sobre como estamos enfrentando as dificuldades da nossa caminhada,

principalmente neste tempo em que todos estamos passando por situações

cada vez mais inexplicáveis. Qual será o recado que Deus está dando à

humanidade, atualmente? Na maioria das vezes queremos privilégios,

desejamos ser poupados dos sofrimentos, no entanto, ao mesmo tempo

queremos ser seguidores de Cristo e colaboradores do Seu Plano de salvação.

Se somos seguidores de Cristo, devemos ter coerência e perceber qual será o

nosso papel de cristão diante do que presenciamos nas pessoas que estão

desalentadas e desatinadas. – Faça hoje uma reflexão e perceba qual é o

ponto em que você está querendo fugir para não sofrer ou para não se

comprometer com o seguimento de Cristo. - E quando o tempo passar, o

que ficará de você? – Você tem conseguido alentar as pessoas que estão

sofrendo por causa da Pandemia?

Evangelho – Jo 12, 20-33

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 12,20-33

Naquele tempo: 20Havia alguns gregos entre os que tinham subido a Jerusalém, para

adorar durante a festa. 21Aproximaram-se de Filipe, que era de Betsaida da Galiléia,

e disseram: ‘Senhor, gostaríamos de ver Jesus.’ 22Filipe combinou com André, e os

dois foram falar com Jesus. 23Jesus respondeu-lhes: ‘Chegou a hora

em que o Filho do Homem vai ser glorificado. 24Em verdade, em verdade vos digo: Se

o grão de trigo que cai na terra não morre,

ele continua só um grão de trigo; mas se morre, então produz muito fruto. 25Quem

se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo

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conservá-la-á para a vida eterna. 26Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu

estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará. 27Agora

sinto-me angustiado. E que direi? `Pai, livra-me desta hora!’? Mas foi precisamente

para esta hora que eu vim.

28Pai, glorifica o teu nome!’ Então, veio uma voz do céu:

‘Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo!’ 29ª multidão que lá estava e ouviu, dizia

que tinha sido um trovão. Outros afirmavam:

‘Foi um anjo que falou com ele.’ 30Jesus respondeu e disse:

‘Esta voz que ouvistes não foi por causa de mim, mas por causa de vós. É agora o

julgamento deste mundo. Agora o chefe deste mundo vai ser expulso, 32e eu, quando

for elevado da terra,

atrairei todos a mim.’ 33Jesus falava assim para indicar de que morte iria morrer.

Palavra da Salvação.

Reflexão – Nas horas de deserto e de provação o nosso espírito se rende

diante da evidência de Deus!

Com muita sabedoria Jesus procurava esclarecer àqueles que O escutavam

sobre a Sua sublime Missão de Salvador dos homens. Ao mesmo tempo em que

falava de glória, Ele ponderava também sobre a morte! Coisa difícil de

entender com a nossa mentalidade humana! Assim sendo, Jesus esclarecia que

vida e morte fazem parte do ser humano e que a nossa breve existência

terrena é o princípio da vida sem fim. Desse modo Ele nos dá o

entendimento de como a morte do corpo pode beneficiar a vida do espírito.

Jesus nos revela que assim como aconteceu com Ele, a glória de Deus, se

manifesta justamente depois da nossa entrega para a morte de Cruz. Dessa

forma, Ele mesmo nos instrui: “se o grão de trigo caído na terra, não morre,

fica só; se morrer produz muito fruto”. E foi isto o que aconteceu com Jesus:

passando pela Morte Ele foi glorificado no céu! Muitas vezes não

compreendemos o motivo pelo qual passamos pela “morte”, que nem sempre

significa a morte do corpo literalmente falando, mas, um estado de

esgotamento, de fracasso aparente, de depressão, de angústia e desolação.

No entanto, é nessas horas de deserto e de provação que o nosso espírito se

rende diante da evidência de Deus e podemos glorificá-Lo de verdade. Nesses

momentos percebemos que a nossa vida terrena da carne nem é tão

importante assim, e que muito mais significativa é a nossa vida espiritual,

porque assim estamos seguindo o exemplo de Cristo. Jesus foi quem falou: “Se

alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu

servo.” O seguir a Jesus, significa imitá-lo e estar nas mesmas condições

fazendo tudo como Ele fez. Se Jesus foi glorificado pelo Pai, na Cruz, nós

também recebemos a glória de Deus quando nos entregamos a Ele e aos Seus

desígnios. Quando não admitimos o sofrimento nem aceitamos que o nosso

morrer para o mundo é sinal de pertença a Cristo, então, estamos assumindo

a chefia do príncipe deste mundo, o demônio. Nesse caso, seremos apenas um

grão que não tem serventia, fica só. A vitória só nos vem depois que

lutamos, o fruto surge depois que nós semeamos a semente e a aurora só

desponta depois de passada a noite. Morrer significa sair de nós mesmos.

 – Você já experimentou a glória de Deus?

 – Você já foi provado e assumiu a Cruz com esperança de vitória?

 - Quando é que você tem sabor de vitória?

- O que precisa acontecer para que você realmente morra e depois dê bons

frutos?


Helena Serpa,

Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho