terça-feira, 30 de junho de 2009

PARTICIPANTES DE SEMINÁRIO ECOLÓGICO DIVULGAM DECLARAÇÃO EM FAVOR DO MEIO AMBIENTE

Os religiosos e leigos que participaram do Seminário “Espiritualidade ecológica: Um olhar sobre o Baixo Amazonas”, entre os dias 19 e 21 divulgaram a declaração final do evento, promovido pela Pastoral Social da arquidiocese de Santarém (PA).
No texto, os participantes reafirmaram ser contrários ao complexo Hidrelétrico do Tapajós. “Diante do desrespeito das autoridades para com nossos povos, nós, religiosos, religiosas, padres, leigos e leigas da Diocese de Santarém, sócio-ambientalistas, educadores populares [...] somos contrários ao Complexo Hidrelétrico do Tapajós que, além de prejudicar nossa cultura e meio ambiente, não nos trará benefícios, beneficiando apenas o grande capital e empresas nacionais e estrangeiras”.
A declaração também ressalta que o planeta está destruído por uma minoria em detrimento da maioria da população por meio de um “esbanjador estilo de vida”. Para os participantes há alguns pré-requisitos para conseguir a soluções ecológicas. “Simplicidade, moderação e disciplina, em fraternidade com os povos e a Criação”, enumera.
Ainda de acordo com o texto, é preciso colocar a natureza e as pessoas acima da tecnologia para que haja dignidade, respeito e admiração pela “Mãe Terra”. “É urgente e vital que as pessoas e a natureza estejam acima do lucro e da tecnologia. A nossa generosidade é a medida da nossa humanidade. O mundo tem que mudar a partir da nossa capacidade de partilha e não a partir de nossa capacidade de destruição e acumulação”.
Os participantes aproveitam também a declaração para manifestar repúdio à MP 458 que legaliza as terras griladas na Amazônia. “Vemos a MP 458 como prêmio aos grileiros! Vão ganhar os grileiros, que ocuparam as terras públicas e agora as vão ver legalizadas por decreto presidencial”.
Durante os três dias de Seminário foi discutida a situação do projeto da hidrelétrica São Luis do Tapajós que, segundo a Pastoral Social da arquidiocese de Santarém, será a destruição do rio Tapajós e das comunidades tradicionais que vivem ao longo de suas margens.
Também foi refletida a espiritualidade ecológica centrada na Criação e no bem das pessoas e dos povos.
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CNBB

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