terça-feira, 28 de julho de 2009

ATRIZ PEDE AJUDA ÀS VÍTIMAS DA GUERRA DO IRAQUE

A Embaixadora da Boa Vontade do Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Angelina Jolie, retornou ao Iraque para oferecer seu apoio aos milhares de iraquianos que permanecem deslocados dentro do seu próprio país. Ela visitou, no dia 23 de julho, um precário acampamento para deslocados internos no subúrbio de Chikook, em Bagdá, onde encontrou quatro famílias de originários do distrito de Abu Ghraib e de outros subúrbios da capital iraquiana.
Apesar das dificuldades no Iraque, a Embaixadora do ACNUR disse que este é um momento de oportunidade para os iraquianos reconstruírem suas vidas. "Este é um momento onde as coisas parecem estar melhorando, mas os iraquianos necessitam de muito apoio e ajuda para reconstruir suas vidas", afirmou Angelina Jolie.
As famílias que ela encontrou reclamaram que não têm dinheiro para ir ao médico e comprar alimentos, e que suas crianças não podem ir para a escola. O iraquiano Ali Massaim, de 43 anos, que se encontrou com Angelina Jolie, construiu uma pequena habitação em Chikook após escapar de Abu Ghraib há quatro anos, com sua mulher de 38 anos e seis crianças. "A única ajuda que temos vem do ACNUR. São as únicas pessoas que batem em nossa porta”, afirmou o refugiado.
"É preciso ter muita força para sobreviver a esta situação. Não saberia se teria forças suficientes para enfrentar essa realidade", disse Angelina, em reposta.
Mais de 20 mil pessoas vivem em Chikook, a maioria mulheres e crianças. Há falta de água potável e estradas pavimentadas. A área está tomada por lixo, embora o ACNUR tenha organizado um mutirão de limpeza no início deste ano. Durante os últimos meses, a agência da ONU para refugiados vem abastecendo o subúrbio com água potável levada por caminhões e trabalhado na reconstrução do sistema de água, além de alguns reparos nos abrigos.
O ACNUR estima que mais de 1,6 milhão de iraquianos foram deslocados internamente (dentro de seu próprio país) devido à violência que se iniciou no país em fevereiro de 2006, após o bombardeio de uma mesquita na cidade histórica de Samarra. Cerca de 300 mil pessoas já retornaram para suas casas em meio a uma melhoria na segurança desde meados de 2008.
Desde abril deste ano, o ACNUR vem provendo a reconstrução e a melhoria de abrigos para cerca de cinco mil famílias. Aproximadamente 20 mil casas serão reconstruídas até o final deste ano. Centenas de milhares de refugiados iraquianos permanecem em países vizinhos, principalmente a Síria e a Jordânia.
CNBB

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