domingo, 31 de março de 2013

VIGILIA PASCAL NAS PARÓQUIAS SÃO VICENTE DE PAULO E SÃO JOÃO EUDES


A celebração da Vigília Pascal, na Igreja Matriz, da Paróquia São Vicente de Paulo, foi presidida pelo pároco Raimundo Neto, mas a cerimônia da Bênção do Fogo e da procissão do Círio Pascal, símbolo do Cristo Ressuscitado, foi com o padre Milton. A Igreja estava com suas dependências e uma das laterais, ou melhor, o salão de recepção, completamente tomadas por fiéis, que começaram a chegar cedo. A Solene Vigília Pascal, em São Vicente, foi antecipada em uma hora. Nos anos anteriores, ela se iniciava às 19 horas, mas neste ano foi às 18 horas, com três horas de duração.

PERPÉTUO SOCORRO

De São Vicente, o repórter se deslocou para a Paróquia São João Eudes, primeiramente, para a Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde a celebração foi presidida pelo padre Amado. Ele deu início a cerimônia  com a Bênção do Fogo, realizada em frente à Capela, onde fora acesa uma fogueira.

Para iniciar a cerimonia as luzes da capela foram apagadas e fora dela foi acesa uma fogueira e perto dela os fiéis. Logo em seguida, o padre Amado abençoou o fogo novo e preparou o Círio Pascal, dizendo palavras que falam da eternidade de Cristo. Na entrada da Capela, o presidente da celebração ergueu o Círio aceso e proclamou “Eis a luz de Cristo”, por três vezes, com a terceira sendo proclamada diante do altar. Depois o Círio foi colocado em lugar de destaque. Nesse momento, foram acesas as luzes da Igreja e o padre Amado; tocando violão, proclamou, cantando, a páscoa.

 IGREJA MATRIZ

Da Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, o titular do Blog seguiu para a Igreja Matriz (Menino Deus), que recebeu um número significativo de fiéis, para participar da Vigília Pascal, presidida pelo pároco, Padre Gabriel, numa celebração de muita beleza e significado.

 

QUARTA-FEIRA DE TREVAS NO CRISTO REI


Na última quarta-feira,  a Paróquia Cristo Rei, no bairro Aldeota, em Fortaleza,  celebrou, a “Quarta-Feira da Esperança” e não “Quarta-Feira de Trevas”, “porque estamos iniciando a celebração da luz do Senhor, que é a luz do mundo”, comentou o pároco Eugênio Pacelli. E todos que iam entrando na Igreja se dirigiam a um dos quatro velários e acendiam velas em favor dos seus entes queridos que faleceram  e estão no purgatório.

A celebração foi iniciada com uma homenagem aos mais de 200 jovens que faleceram no incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Apareceram no telão, colocado nas proximidades do presbitério, os seus nomes e suas fotografias.  Antes, o presidente da celebração mostrara uma estatística em que diz que aumentou em 500 por cento o número de jovens que perderam  as suas vidas nos últimos dez anos. Foram assassinados ou se suicidaram. Uns envolvidos com drogas, outros sem perspectivas de vida.

A Igreja de Cristo Rei  estava lotada naquele dia, com os fiéis participando da celebração e  ouvindo atentamente o que o celebrante  descrevia, em especial na homília, quando ele comentou o evangelho em que dizia “Na casa de meu Pai tem muitas moradas. Tem lugar para todo mundo. Ninguém pode ficar fora dela”.

Nesse momento, passam sobre os fiéis mantos pretos e os jovens, na volta,  trazendo mantos brancos, foi quando as luzes da Igreja, que estava na penumbra,  se acenderam para a entrada da imagem de Nossa Senhora, recebida com o canto: “Com minha mãe estarei, na santa glória um dia...”

No final, o padre Eugênio Pacelli foi para a porta principal da Igreja, que estava fechada. Com  um crucifixo,   bateu três vezes nela, que foi aberta simbolizando uma das portas do paraíso, que estavam fechadas para nós pelos nossos primeiros pais (Adão e Eva).

PÁSCOA: GRANDE MISTÉRIO DA FÉ


 
Dom Odilo Scherer é arcebispo de São Paulo
Querido povo de Deus da Arquidiocese de São Paulo: feliz e santa Páscoa para todos! Este é o Dia que o Senhor fez para nós: dia de festa e de alegria!

Na Páscoa, nós anunciamos e afirmamos um grande “Mistério da fé”: Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, que foi condenado à morte, morreu na cruz e foi sepultado, ressuscitou da morte e manifestou-se vivo a seus discípulos e a muitas outras pessoas! Venceu a morte e manifestou plenamente a vida e a glória de Deus, que também já tinha antes da morte, mas não aparecia na sua condição humana.

A ressurreição de Jesus é uma verdade central da nossa fé; tanto assim, que São Paulo chega a dizer: “se Jesus não ressuscitou, então é vã a nossa fé e estamos todos ainda mergulhados nos nossos pecados!” (cf 1Cor 15,17).

Jesus passou, através da morte, à vida gloriosa em Deus: o Senhor Ressuscitado não se encontra mais nas condições da vida terrena, mas na glória de Deus, onde é nosso intercessor e mediador, junto de Deus Pai; pela ressurreição de Jesus, abriu para nós todos o caminho para a superação da morte e a participação na vida eterna.

A Páscoa é, por isso, a festa do triunfo da vida sobre a morte; é a manifestação daquilo que Deus prepara para todos nós também. Jesus Cristo passou da morte à vida gloriosa, como primeiro de uma multidão de redimidos: “se com Cristo morremos, com ele ressuscitaremos” (cf. Rm 6,8). E, desde agora, a nossa vida futura na glória do céu, “já está escondida com Cristo glorioso, em Deus”. (cf. Cl 3,3).

Nesta Páscoa, celebrada no Ano da Fé, renovemos nossa firme adesão a Deus e às suas promessas, já contidas neste grande “Mistério da fé”, que é a ressurreição de Jesus.

Se nossa fé é pouca, peçamos com os Apóstolos: “Senhor, aumentai a nossa fé!” E, com S. Tomé, ajoelhemo-nos diante de Jesus Cristo ressuscitado, exclamando: “Meu Senhor e meu Deus!” E ouçamos de Jesus Cristo estas palavras confortadoras: felizes, aqueles que creram sem terem visto!”

Desejo a todos uma feliz e santa Páscoa!
Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo
31.03.2013, Páscoa da Ressurreição de Jesus

Foto: Arquivo/CNBB

PAPA FRANCISCO CONCEDE BÊNÇÃO URBI ET ORBI E LANÇA APELO PELA PAZ

 

Canção Nova Notícias, com Rádio Vaticano

O Papa Francisco celebrou na manhã deste domingo, 31, a Missa de Páscoa na Praça São Pedro, com a presença de peregrinos de várias partes do mundo. A celebração não teve homilia porque, em seguida, o Santo Padre concedeu a Benção Urbi et Orbi e leu sua mensagem de Páscoa, manifestando seu pedido de paz para todo o mundo.

Após a Missa, Francisco se dirigiu ao balcão central da Basílica de São Pedro para conceder a tradicional Benção Urbi et Orbi (para a cidade e o mundo), a Indulgência Plenária e os votos de Boa Páscoa. Antes da leitura da mensagem e após conceder a Indulgência, as bandas da Guarda Suíça e das Armas italianas executaram trechos dos hinos Pontifício e da Itália.

Na mensagem Urbi et Orbi, o Santo Padre falou sobre como Jesus e sua misericórdia são a resposta a tantos desertos atravessados pelo homem hoje, apelou pela paz em todo o mundo, especialmente naquelas regiões que são palcos de conflitos e convidou todos a serem guardiões da criação.

Saiba mais sobre a Páscoa no Vaticano, com Papa Francisco, no especial papa.cancaonova.com

HORÁRIO DE MISSAS


 
 
Paróquia São Vicente de Paulo, à Avenida Desembargador Moreira, 2211, no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza.
 
*Diariamente: 6h30 e 17h30
* De 3ª a 6ª: 11h30 e 19 horas
*Sábado: Paróquia São Vicente de Paulo, à Avenida Desembargador Moreira, 2211, no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza.
 
6h30, 12 horas e 17h30
* Domingo: 6h30, 8h30, 11h30, 17h30 e 19h30
 
Comunidade Face de Cristo, à Rua Edmilson Barros de Oliveira, 191, no bairro Cocó, em Fortaleza
 
* De segunda à sexta-feira: 7 horas.
* Domingo: às 8 e 18h30
 
 Paróquia São João Eudes:
 
Na Igreja  Menino Deus, à Rua Jaime Leonel, s/n, no bairro Luciano Cavalcante
 
* Às 3ªs e 5ªs feiras, às 19 horas
* Domingo: às 7 e 19 horas.
 
Na Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, à rua Albert Sabin, s/n, no bairro Cocó/Guararapes.
 
* Às 3ªs e 4ªs feiras, às 6h45, da manhã. Às 4ªs feiras, novena de Nosssa Senhor do Perpétuo Socorro, às 18h30.
* Domingo: às 9, 17 e 19 horas.
 
Paróquia Nossa Senhora da Assunção (Santuário), no bairro Barra do Ceará
 
* De terça-feira a sábado, as 6 e 19horas.
*Domingo : às 7, 9, 17, 18h30 e 20horas.
 
Paróquia Nossa Senhora Aparecida, à Avenida Gomes de Matos, no bairro Montese.
 
*De 2ª à sexta-feiras, às 18h30, exceto nas terças-feiras.
*Domingo: às 7, 9,17 e 19 horas;*Nos dias 12, Missa em honra a Nossa Senhora Aparecida; dia 13, Nossa Senhora de Fátima, e dia19, Santo Expedito. E toda 1ª terça-feira do mês, Missa de Cura.
 
Paróquia do Coração de Jesus, no Centro de Fortaleza, na Praça do Coração de Jesus.
 
*Diariamente, de segunda-feira a domingo, às 7 horas.
* Domingo: às 7,8,30, 16 e 18 horas.
 
Paróquia de Cristo Rei, à Rua Nogueira Acioli, 263, na Aldeota.
 
De segunda-feira à sexta-feira, às 6h30 e às 17 horas
Sábado, às 6h30, 17 e 19 horas.
Domingo, 6h30, 9, 11, 17 e 19 horas
Últimas terças-feiras: “Noite da Misericórdia”. Observação: não há missa das 17 horas.
Dia 13 – Missa Mariana: às 12 horas, na Igreja Matriz e às 18 horas, na Praça Ceart.
 
Paróquia Nossa Senhora do Carmo, na Avenida Duque de Caxias, no Centro de Fortaleza
 
Domingo, às 8, 10, 17 e 18h30
Sábado, às 7h30, 17h30 e 17h30
De 3ª A 6ª feira, às 7h30 e 17 horas.      
 
Paróquia de Santa Luzia,  Rua Tenente Benévolo esquina com Rua Antônio Augusto
 
Diàriamente, às 17 horas
Sábado, às 17 e 19 horas.
Domingo, às 8, 10 (missa das crianças), 17 e 19 horas (missa dos jovens)
Todo dia 13 de cada mês, missa às 12 horas, em honra a Nossa Senhora de Fátima.
 
Paróquia de São Gonçalo do Amarante, a 57 quilômetros distante de Fortaleza
 
De terça-feira à sexta-feira, às 18 horas.
Domingo, às 19 horas.
 
Igreja Matriz de São José - Lagoa Redonda (Avenida Recreio, 1815)
- Sábado, 19h30
- Domingo, 7 e 20 horas

Capela de Santa Edwiges, Conjunto Curió Lagoa Redonda (Rua Isabel Ferreira, 1001)
- Domingo às 8 horas
 
Igreja dos Remédios – Benfica – na Avenida da Universidade
- Às segundas e quartas-feiras, às 6h30m.
- Às terças, quintas e sextas-feiras, às 17h30min.
- Aos sábados – 15h30min e 17 horas.
- Aos domingos, às 7, 17 e 19 horas.
- Domingos, ás 9horas, Missa com crianças (exceto no 1. domingo de cada mês, dia dos batizados)
- No primeiro sábado, missa pela saúde e todo o dia 13, às 12 horas, celebração em honra a Nossa Senhora. Mais informações pelo telefone (85) 3223.5644.
 
Envie-nos os horários de Missa de sua Paróquia ou Comunidade para o e-mail vaivém@secrel.com.br  para que sejam divulgados no Blog.
 

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE


31/03/2103 - Domingo da Ressurreição
 
-  1ª. leitura Atos 10,34.37-43 -  “ somos as testemunhas de hoje! ”

A ressurreição de Jesus é para nós cristãos o fundamento da nossa fé. Páscoa – tempo de vida nova – certeza da vitória – renascimento – conversão interior – tempo de encontrar os motivos. Jesus ressuscitou – venceu a morte para nos dar nova vida. Somos nós, hoje, os escolhidos para gritar aos quatro cantos da terra  que Jesus já veio trazer a salvação para todos os povos e ninguém deve ficar de fora.  Crer que Jesus morreu e ressuscitou por nós é a razão de ser de toda a nossa caminhada.  Não nos basta, porém, somente dizer que acreditamos, mas testemunhar com as nossas ações, com a nossa vida que Jesus está vivo e que se manifesta de uma maneira muito pessoal em nós, nos dando vida nova. Na vida nova não há mais tristeza, desânimo nem desesperança. A vida nova em Cristo nos leva a aproveitar o tempo presente com intensidade, à espera de um futuro pleno de alegria. A razão de tudo é o AMOR!  Assim fizeram os apóstolos depois que receberam o Espírito Santo, e assim foi que a Igreja de Jesus Cristo começou a se manifestar no mundo.  Ele é o Juiz dos vivos e dos mortos e, enquanto temos vida nós temos a oportunidade de anunciá-Lo e proclamá-Lo Senhor do céu e da terra.  - As suas ações dão testemunho de que Jesus está na sua vida? – Você é uma pessoa que acredita na vida ou acha que o mundo está perdido? – Qual é a sua contribuição para isto?
 
Salmo 117 – “Este é o dia que o Senhor fez para nós: alegremo-nos e nele
exultemos!”
 
O dia da Ressurreição de Cristo é motivo para que nós possamos verdadeiramente nos alegrar e exultar, pois é sinal de que nós também ressuscitaremos com Ele. Por isso, o salmista nos convoca a dar graças ao Senhor pela Sua bondade e misericórdia. A mão direita do Senhor faz maravilhas quando nos levanta e nos dá esperança de uma vida nova. Jesus é a pedra angular da nossa vida e é Nele que nós somos construídos. Este dia de hoje é, portanto, o dia que o Senhor fez para nós!
 
2ª. leitura - Colossenses 3,  1-4 -  “alcançar as coisas do alto”
 
Com o Seu sacrifício Jesus enterrou as coisas velhas. A Sua ressurreição é o começo da vivência das “coisas do alto” lá onde Ele está escondido! Portanto, já não podemos ser mais os mesmos: “Pois vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo, em Deus.”   Meditando na glória de Jesus, na razão de ser do Seu sacrifício, no amor do Pai, pensando nas Suas maravilhosas promessas, mergulhando na Sua Palavra, nós poderemos vivemos este novo estado de espírito. A partir dos nossos pensamentos, sentimentos, ações e reações nós já podemos nos apossar das realidades contidas em Cristo aspirando viver com Ele a vida nova prometida pelo Pai.   Esta vida está escondida com Cristo e se manifesta na medida em que nós buscamos as coisas do alto. Buscar as coisas do alto significa colocar o pensamento e o ideal da nossa vida em Deus. É desejar ser guiado (a) pelo Seu Espírito Santo e não mais pelas sugestões que o mundo prega. Só assim a vida nova em Cristo começa a se manifestar e nós podemos ter harmonia interior deixando que o nosso eu físico se submeta ao nosso eu espiritual. Nova vida, nova mentalidade, novo ideal, nova razão de viver. - Você compreende o que significa isto? – Você acha que já possui esta vida nova que Jesus veio dar? – Onde está escondida a sua vida?
 
 

Evangelho – João 20, 1-9 – “mas Jesus estava vivo” 
 
Jesus já lhes havia advertido e anunciado o que iria lhe acontecer, porém eles estavam como que cegos e não alcançaram o que o Mestre já lhes havia revelado.  Mesmo diante de tantas evidências, de tantos sinais eles ainda não tinham o entendimento completo dos acontecimentos.  Por isso, a surpresa de Pedro e de João quando chegaram ao túmulo de Jesus e encontraram as faixas de linho deitadas no chão e o sepulcro vazio. Eles procuravam um morto, mas Jesus estava vivo.    Buscavam o corpo de Jesus depois que Maria Madalena lhes dera a notícia: “tiraram o Senhor do túmulo e não sabemos onde o colocaram”.    Às vezes nós também não entendemos muito bem as manifestações de Deus na nossa vida. Mesmo que tenhamos começado cedo a busca-Lo nós nos perdemos Dele e saímos a procurá-Lo fora de nós, nos túmulos do mundo, nas dúvidas sobre os acontecimentos, na incredulidade em vista das coisas que nos acontecem inesperadamente.  Facilmente perdemos Jesus de vista, mas Ele está perto, muito perto, fazendo parte da nossa vida, acompanhando a nossa história e sabendo o porquê e o para que de todas as coisas que nos acontecem. A fé e a esperança nos levam a agir com amor e foi por amor a Jesus que Maria Madalena se antecipou a todos e foi encontrá-Lo. Quem procura acha, Jesus já havia recomendado isto, antes. Isto nos serve de exemplo, portanto, nós também não podemos ficar estagnados diante das nossas dúvidas e parados (as) esperando a morte chegar. Não precisamos ver para crer, mas sim, ir à busca de Jesus ressuscitado crendo no que Ele já nos revelou. Pela fé nós O encontramos dentro de nós, no meio da nossa família, na nossa comunidade, na Igreja, nas pessoas, no mundo. Por meio dos fatos e dos acontecimentos Jesus evidencia para nós a Sua proteção o Seu amparo, o Seu conforto. Nunca estaremos sozinhos (as) porque Jesus vive no meio de nós.   Confiar em que Jesus vive e está no nosso meio irá fazer toda a diferença na nossa vida, pois, com Ele nós seguiremos mais fortes e cheios (as) de esperança.  -  Onde você tem procurado Jesus? Será que você tem procurado Jesus no túmulo quando lá só existem os vestígios?  - Onde verdadeiramente Jesus está na sua vida? – O que significa para você o primeiro dia da semana? – Você já encontrou Jesus?
 
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

EVANGELHO DO DIA

João 20,1-9
 Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João. Glória a vós, Senhor! 1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido tirada do túmulo. 2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou. 9De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos. Palavra da Salvação.

REFLETINDO SOBRE O EVANGELHO



Domingo de Páscoa

Celebramos hoje, com todo júbilo, a Páscoa da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, a Páscoa – festa das festas, a maior de todas as festas do calendário litúrgico. A festa de hoje implica em morrer para a vida velha e desabrochar das sementes que podem germinar na direção da construção de uma vida nova. A celebração da Páscoa é o eixo de todo o ano litúrgico, de todas as celebrações de nossa Igreja.
Neste domingo de Páscoa, meditamos sobre a verdade de que a morte não constitui a última e definitiva palavra sobre a existência humana. Assim como a última palavra não foi o ódio, mas o amor; a última palavra não foi à guerra, mas a paz; assim, também, a morte não foi à última palavra dada ao mundo, mas a vida plena dada por Cristo na sua ressurreição. A Ressurreição significa para os cristãos o sinal de que as grandes aspirações da vida humana não são sonhos inúteis, pois a Ressurreição de Cristo é o ponto central de nossa fé no ressuscitado; é um dom que carregamos como que em vasos de barro e podemos perdê-lo por vaidade intelectual. Foi, de um túmulo frio e escuro, do seio da terra que, a semente esmagada e pisada brotou vigorosa, triunfante. Desse triunfo foram quebrados os planos dos grandes, sobretudo das autoridades de Jerusalém, que o rejeitaram. A partir do túmulo vazio, tudo se revelou: Deus não abandonou Jesus de Nazaré. Deus estava do lado daquele que foi considerado maldito pela lei. Deus não deixou que a grama crescesse sobre a sepultura de Jesus, mas que todos os grilhões se rompessem e Ele emergisse para uma vida não mais ameaçada pela morte, mas selada pela eternidade.
Com a Ressurreição de Jesus, aprendemos que o Cristianismo não se apresenta ao mundo como uma religião que vive da saudade de um fato feliz do passado. Mas surgiu com o anúncio e a celebração da alegria de uma presença: a do Cristo ressuscitado. Com a ressurreição de Jesus, o cristão, acredita que não existe mais utopia. Em grego, utopia significa "que não existe em nenhum lugar". Ele acredita somente na topia: "que existe em algum lugar". A ressurreição vem ser para o cristão a realização plena de todas as potencialidades latentes na existência humana, sobretudo suas relações para com Deus, o outro e o cosmos.
O próprio evangelho da liturgia de hoje (João 20, 1-9) vem expressar tudo o que afirmamos até agora. O túmulo vazio é a prova de que a vida triunfou, e o poder das forças do mal foi derrotado. É, no túmulo vazio, que a nossa espiritualidade deve crescer no sentido de proclamar alto e bom som que Deus está vivo e ressuscitado em cada um de nós e, por isso mesmo, somos as pessoas mais felizes do mundo pois fomos capazes de conhecer e provar a fonte inexaurível de nossa salvação: Jesus Cristo Ressuscitado. Comprometemo-nos, irmãos e amigos, com o Deus ternura de nossa vida, no dia festivo da ressurreição, seguir os mesmos passos de Maria Madalena, no Jardim, e contemplar, com fé o túmulo do ressuscitado.
Entreguemos, pois, a Deus, neste dia do júbilo, na festa de todas as Igrejas, a vida nova dos que foram batizados e peçamos a graça de caminharmos sempre em sua comunhão e sermos eternamente participantes de sua páscoa.

Pe. Raimundo Neto.
Pároco de São Vicente de Paulo

SANTO DO DIA - SÃO BENJAMIM

Nasceu no ano de 394 na Pérsia e, ao ser evangelizado, começou a participar da Igreja ao ponto de descobrir sua vocação ao diaconato.

Serviu a Palavra e aos irmãos na caridade, chamando a atenção de muitos para Cristo.

Chegou a ser preso por um ano, sofrendo, e se renunciasse ao nome de Jesus, seria solto. Porém, mesmo na dor, na solidão e na injustiça, ele uniu-se ainda mais ao Cristo crucificado.

Foi solto com a ordem de não falar mais de Jesus para ninguém, o que era impossível, pois sua vida e seu serviço evangelizavam.

Benjamim foi canal para que muitos cegos voltassem a ver, muitos leprosos fossem curados e assim muitos corações duvidosos se abriram a Deus.

Foi novamente preso, levado a público e torturado para que renunciasse à fé. Perguntou então ao rei, se gostaria que algum de seus súditos fosse desleal a ele. Obviamente que o rei disse que não. E assim o diácono disse que assim também ele, não poderia renunciar à sua fé, a seu Rei, Jesus Cristo.

E por não renunciar a Jesus, foi martirizado. Isso no ano de 422.

São Benjamim, rogai por nós!

sábado, 30 de março de 2013

PAPA FRANCISCO PRESIDE VIGÍLIA PASCAL NO VATICANO

 

O Papa Francisco, presidiu neste Sábado Santo, 30, a celebração da Vigília Pascal, na Basílica de São Pedro, em Roma. Como prevê a liturgia, o Santo Padre iniciou a cerimônia com a Benção do Fogo Novo. Em seguida, adentrou à Basílica, em procissão, com o Círio Pascal, símbolo do Cristo Ressuscitado.
Em sua homilia, o Papa Francisco ressaltou a necessidade de não temer às surpresas de Deus, mas confiar no Cristo Ressuscitado.
Leia a matéria no especial: papa.cancaonova.com

André Alves/Canção Nova Notícias

JUSTIFICADOS GRATUITAMENTE: POR MEIO DA FÉ NO SANGUE DE CRISTO

Sexta-Feira Santa na Basílica de São Pedro: Prédica do Padre Raniero Cantalamessa

Por Pe. Raniero Cantalamessa, OFM Cap

CIDADE DO VATICANO,  (Zenit.org) - Apresentamos a prédica do padre Raniero Cantalamessa realizada nesta Sexta-feira Santa, na Basílica de São Pedro.
"Todos pecaram e se privaram da glória de Deus, mas foram justificados gratuitamente pela sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus. Deus o predeterminou para a propiciação por meio da fé no seu sangue [...], para provar a sua justiça no tempo presente, a fim de que ele seja justo e justifique aquele que tem fé em Jesus" (Rm 3, 23-26).
Chegamos ao ápice do ano da fé e ao seu momento decisivo. Esta é a fé que salva, "a fé que vence o mundo" (1 Jo 5,5)! A fé, apropriação pela qual tornamos nossa a salvação operada por Cristo e nos vestimos do manto da sua justiça. Por um lado, temos a mão estendida de Deus, que oferece a sua graça ao homem; por outro, a mão do homem, que se estende para recebê-la mediante a fé. A "nova e eterna aliança" é selada com um aperto de mão entre Deus e o homem.
Nós temos a possibilidade de tomar, neste dia, a decisão mais importante da vida, aquela que nos abre de par em par os portões da eternidade: acreditar! Acreditar que "Jesus morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação" (Rm 4, 25)! Numa homilia pascal do século IV, o bispo proclamava estas palavras excepcionalmente contemporâneas e, de certa forma, existenciais: "Para cada homem, o princípio da vida é aquele a partir do qual Cristo foi imolado por ele. Mas Cristo se imola por ele no momento em que ele reconhece a graça e se torna consciente da vida que aquela imolação lhe proporcionou" (Homilia de Páscoa no ano de 387; SCh 36, p. 59 s.).
Esta Sexta-feira Santa, celebrada no ano da fé e na presença do novo sucessor de Pedro, poderá ser, se quisermos, o início de uma nova vida. O bispo Hilário de Poitiers, que se converteu ao cristianismo quando já era adulto, afirmava, ao olhar para trás antes de sua conversão: "Antes de te conhecer, eu não existia" e diz a Jesus ”Antes de te conhecer eu não existia”.
O necessário é apenas nos situarmos na verdade, reconhecermos que precisamos ser justificados, que não nos auto-justificamos. O publicano da parábola subiu ao templo e fez uma brevíssima oração: "Ó Deus, tem piedade de mim, pecador". E Jesus diz que aquele homem foi para casa "justificado", ou seja, transformado em homem justo, perdoado, feito criatura nova; cantando alegremente, penso, dentro do seu coração (Lc 18,14).
***
Como o alpinista que, superando uma passagem perigosa, faz uma parada para retomar o fôlego e admirar a paisagem que se abre à sua frente, assim o apóstolo Paulo, no início do capítulo quinto da Carta aos Romanos, depois de proclamar a justificação pela fé, escreve: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus graças a nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de quem obtivemos acesso, pela fé, a esta graça (paz, fé, graça) na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.
Mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência produz a experiência, e a experiência, a esperança. Ora, a esperança não nos decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5. 1-5).
Hoje, a partir de satélites artificiais, são tiradas fotografias infravermelhas de regiões inteiras da terra e de todo o planeta. Como é diferente a paisagem vista de cima, à luz desses raios, em comparação com o que vemos à luz natural e estando presentes no local! Eu me lembro de uma das primeiras fotos de satélite que correram o mundo, reproduzindo a península inteira do Sinai. As cores eram muito diferentes, eram mais evidentes os relevos e as depressões. É um símbolo. A vida humana, vista pelo infravermelho da fé, do alto do Calvário, também se mostra diferente de como é vista "a olho nu".
“Tudo”, dizia o sábio do Antigo Testamento, “acontece para o justo e para o ímpio... Percebi que, sob o sol, em vez da lei existe a iniquidade, e, no lugar da justiça, a maldade” (Eclesiastes 3, 16; 9, 2). Em todos os tempos, de fato, viu-se a maldade triunfante e a inocência humilhada. Mas para que não se pense que no mundo não há nada de fixo e de certo, observa Bossuet, às vezes se vê o oposto, ou seja, a inocência no trono e a maldade no cadafalso. Mas o que o Eclesiastes concluía? "Então eu pensei: Deus julgará o justo e o ímpio, porque há um tempo para cada coisa" (Eclesiastes 3, 17). Ele encontra o ponto de observação justo.
O que o Eclesiastes não podia saber, mas que nós sabemos, é que esse juízo já aconteceu: “Agora”, diz Jesus, caminhando para a sua paixão, “é o julgamento deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo; e eu, quando for levantado da terra, atrairei todos para mim" (Jo 12, 31-32).
Em Cristo morto e ressuscitado, o mundo chegou ao seu destino final. E é necessário fé para acreditar. O progresso da humanidade avança a um ritmo vertiginoso e a humanidade vê desenrolar-se, à sua frente, horizontes novos e inesperados, fruto das suas descobertas. Pode-se dizer, porém, que já chegou o fim do tempo, porque em Cristo, que subiu à direita do Pai, a humanidade encontrou o seu objetivo final. Já começaram os novos céus e a nova terra.
Apesar de toda a miséria, injustiça e monstruosidade na terra, Ele já inaugurou a ordem definitiva no mundo. O que vemos com os nossos olhos pode nos sugerir o contrário, mas o mal e a morte foram, na verdade, derrotados para sempre. As suas fontes secaram; a realidade é que Jesus é o Senhor. O mal foi vencido radicalmente pela redenção que ele realizou.
Uma coisa, acima de tudo, parece diferente quando vista através dos olhos de fé: a morte! Cristo entrou na morte como se entra numa prisão escura, mas saiu dela pela muralha oposta. Ele não voltou por onde tinha entrado, como Lázaro, que tornara à vida para depois morrer de novo. Cristo abriu uma brecha para a vida que ninguém poderá fechar e pela qual todos podem segui-lo. A morte não é mais um muro contra o qual se parte toda esperança humana; ela se tornou uma ponte para a eternidade. Uma "ponte dos suspiros", talvez, porque ninguém gosta do fato de morrer, mas uma ponte, não mais um abismo que engole tudo. “O amor é forte como a morte”, diz o Cântico dos Cânticos (8,6). Em Cristo, ele émais forte do que a morte!
Na sua "História Eclesiástica do Povo Inglês", Beda, o Venerável, relata como a fé cristã chegou até o norte da Inglaterra. Quando os missionários vindos de Roma chegaram a Northumberland, o rei do lugar convocou um conselho de notáveis ​​para decidir se permitia ou não que eles divulgassem a nova mensagem. Alguns dos presentes foram a favor, outros contra. Em dado momento, um pássaro entrou por um buraco na parede, pairou assustado na sala e desapareceu por outro buraco, na parede oposta.
Então, levantou-se um dos presentes e disse: “Senhor, a nossa vida neste mundo é como aquele pássaro. Viemos não sabemos de onde, desfrutamos por um breve instante da luz e do calor deste mundo e depois desaparecemos de novo na escuridão, sem saber para onde estamos indo. Se estes homens podem nos revelar alguma coisa do mistério da nossa vida, devemos ouvi-los”.
A fé cristã poderia voltar ao nosso continente e ao mundo secularizado pela mesma razão por que já entrou nele antes: como a única doutrina que tem uma resposta segura para dar às grandes questões da vida e da morte.

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A cruz separa os crentes dos não crentes, porque, para alguns, ela é escândalo e loucura, e, para outros, é poder de Deus e sabedoria de Deus (cf. I Cor 1, 23-24). Em sentido mais profundo, ela une todos homens, crentes e não crentes. "Jesus tinha que morrer [...] não por uma nação, mas para reunir todos os filhos de Deus que andavam dispersos" (Jo 11, 51 s.). Os novos céus e a nova terra são de todos e para todos, porque Cristo morreu por todos.
A urgência decorrente de tudo isto é evangelizar: "O amor de Cristo nos impele, ao pensarmos que um só morreu por todos" (II Cor 5,14). Nos impele a evangelizar! Nós anunciamos ao mundo a boa notícia de que "não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus, porque a lei do Espírito que dá vida em Cristo Jesus nos libertou da lei do pecado e da morte" (Rm 8, 1-2).
(Padre Cantalamessa repetiu esta frase em várias línguas)
Há um conto, do judeu Franz Kafka, que é um poderoso símbolo religioso e que assume um novo significado, quase profético, na Sexta-Feira Santa: "Uma Mensagem Imperial". Fala de um rei que, em seu leito de morte, chama um súdito e lhe sussurra ao ouvido uma mensagem. É tão importante aquela mensagem que ele faz o súdito repeti-la ao seu próprio ouvido para ter certeza de que o escutou bem. O mensageiro parte, logo em seguida. Mas ouçamos o resto da história diretamente do autor, com o tom onírico, de pesadelo, quase, que é típico deste escritor:
"Projetando um braço aqui, outro acolá, o mensageiro abre alas por entre a multidão e avança ligeiro como ninguém. Mas a multidão é imensa, e as suas moradas, exterminadas. Como voaria se tivesse via livre! Mas ele se esforça em vão; ainda continua a se afanar pelas salas interiores do palácio, do qual nunca sairá. E mesmo que conseguisse, isto nada quereria dizer: ele teria que lutar para descer as escadas. E mesmo que conseguisse, ainda nada teria feito: haveria que cruzar os pátios; e, depois dos pátios, o segundo círculo dos edifícios. Se conseguisse precipitar-se, finalmente, para fora da última porta - mas isso nunca, nunca poderá acontecer - eis que, diante dele, alçar-se-ia a cidade imperial, o centro do mundo, em que montanhas de seus detritos se amontoam. Lá no meio, ninguém é capaz de avançar, nem mesmo com a mensagem de um morto. Tu, no entanto, te sentas à tua janela e sonhas com aquela mensagem quando a noite vem" (Franz Kafka, Uma Mensagem Imperial, em Contos).
Do seu leito de morte, também Cristo confiou à sua Igreja uma mensagem: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16, 15). Ainda existem muitos homens que se sentam à janela e sonham, sem saber, com uma mensagem como aquela. João, como acabamos de ouvir, afirma que o soldado perfurou o lado de Cristo na cruz “para que se cumprisse a Escritura, que diz: Hão-de olhar para Aquele que trespassaram” (Jo 19, 37). No Apocalipse, ele acrescenta: “Eis que vem sobre as nuvens e todo olho o verá; até os mesmos que o trespassaram, e todas as tribos da terra se lamentarão por ele” (Ap 1,7).
Esta profecia não anuncia a última vinda de Cristo, quando já não for o tempo da conversão, mas do julgamento. Ela descreve, em vez disso, a realidade da evangelização. Nela ocorre uma vinda misteriosa, mas real, do Senhor que traz a salvação. O seu pranto não será de desespero, mas de arrependimento e de consolação. Este é o significado da profecia da Escritura, que João vê realizada no lado trespassado de Cristo, ou seja, o texto de Zacarias 12, 10: “Derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém o Espírito de graça e de consolação; eles olharão para mim , para aquele a quem trespassaram".
A evangelização tem uma origem mística; é um dom que vem da cruz de Cristo, daquele lado aberto, daquele sangue e água. O amor de Cristo, como o da Trindade, do qual é a manifestação histórica, é "diffusivum sui", tende a se expandir e chegar a todas as criaturas, "especialmente as mais necessitadas da sua misericórdia". A evangelização cristã não é conquista, não é propaganda; é o dom de Deus para o mundo em seu Filho Jesus. É dar ao Chefe a alegria de sentir a vida fluir do seu coração para o seu corpo, até vivificar os seus membros mais distantes.
Temos de fazer todo o possível para que a Igreja se pareça cada vez menos ao castelo complicado e assombroso descrito por Kafka, e para que a mensagem possa sair dela tão livre e alegre como quando começou a sua corrida. Sabemos quais são os impedimentos que podem reter o mensageiro: as muralhas divisórias, começando por aquelas que separam as várias igrejas cristãs umas das outras; a burocracia excessiva; os resíduos de cerimoniais, leis e disputas do passado, que se tornaram, enfim, apenas detritos.
Jesus diz em Apocalipse que está à porta e bate. Às vezes, como foi observado por nosso Papa Francisco, não bate para entrar, mas de dentro, porque quer sair até as periferias existenciais do pecado, da dor, da injustiça, da ignorância, da indiferença religiosa, de todas as formas de miséria.
Acontece como em certas construções antigas. Ao longo dos séculos, para adaptar-se às exigências do momento, houve profusão de divisórias, escadarias, salas e câmaras. Chega um momento em que se percebe que todas essas adaptações já não respondem às necessidades atuais; servem, antes, de obstáculo, e temos então de ter a coragem de derrubá-las e trazer o prédio de volta à simplicidade e à linearidade das suas origens. Foi a missão que recebeu, um dia, um homem que orava diante do crucifixo de São Damião: "Vai, Francisco, e reforma a minha Igreja".
"Quem está à altura dessa tarefa?", perguntava-se o Apóstolo Paulo, aterrorizado, diante da tarefa de ser no mundo "o aroma de Cristo"; e eis a sua resposta, que é verdade também agora: "Não é que sejamos capazes de pensar alguma coisa como se viesse de nós; já que toda a nossa capacidade vem de Deus. Ele nos fez idôneos para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito, pois a letra mata, mas o Espírito dá vida" (II Cor 2, 16; 3, 5-6).
Que o Espírito Santo, neste momento em que se abre para a Igreja um novo tempo, cheio de esperança, redesperte nos homens que estão à janela a esperar a mensagem e, nos mensageiros, a vontade de levá-la até eles, mesmo que ao custo da própria vida.

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PALAVRAS DO PAPA FRANCISCO NA VIA SACRA




POR:CNBB 

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francisco.sextapaixaoSeguindo o costume dos seus antecessores, Papa Francisco celebrou a Via Sacra no Coliseu de Roma. A celebração contou com a participação, em uma das estações, de dois jovens brasileiros lembrando a Jornada Mundial da Juventude. Havia uma multidão do lado de fora de um dos mais conhecidos da cidade histórica.
As palavras do Papa na Via Sacra, segundo a agência ZENIT:
Amados irmãos e irmãs,

Agradeço-vos por terdes participado, em tão grande número, neste momento de intensa oração. E agradeço também a todos aqueles que se uniram a nós através dos meios de comunicação, especialmente aos doentes e aos idosos.

Não quero acrescentar muitas palavras. Nesta noite, deve permanecer uma única palavra, que é a própria Cruz. A Cruz de Jesus é a Palavra com que Deus respondeu ao mal do mundo. Às vezes parece-nos que Deus não responda ao mal, que permaneça calado. Na realidade, Deus falou, respondeu, e a sua resposta é a Cruz de Cristo: uma Palavra que é amor, misericórdia,perdão. É também julgamento: Deus julga amando-nos. Se acolho o seu amor, estou salvo; se o recuso, estou condenado, não por Ele, mas por mim mesmo, porque Deus não condena, Ele unicamente ama e salva.

Amados irmãos, a palavra da Cruz é também a resposta dos cristãos ao mal que continua a agir em nós e ao nosso redor. Os cristãos devem responder ao mal com o bem, tomando sobre si a cruz, como Jesus. Nesta noite, ouvimos o testemunho dos nossos irmãos do Líbano: foram eles que prepararam estas belas meditações e preces. De coração lhes agradecemos por este serviço e sobretudo pelo testemunho que nos dão. Vimo-lo quando o Papa Bento foi ao Líbano: vimos a beleza e a força da comunhão dos cristãos naquela Nação e da amizade de tantos irmãos muçulmanos e muitos outros . Foi um sinal para todo o Médio Oriente e para o mundo inteiro: um sinal de esperança. Então continuemos esta Via-Sacra na vida de todos os dias. Caminhemos juntos pela senda da Cruz, caminhemos levando no coração esta Palavra de amor e de perdão. Caminhemos esperando a Ressurreição de Jesus.,