Na última quarta-feira,
a Paróquia Cristo Rei, no bairro Aldeota, em Fortaleza, celebrou, a “Quarta-Feira da Esperança” e não
“Quarta-Feira de Trevas”, “porque estamos iniciando a celebração da luz do
Senhor, que é a luz do mundo”, comentou o pároco Eugênio Pacelli. E todos que
iam entrando na Igreja se dirigiam a um dos quatro velários e acendiam velas em
favor dos seus entes queridos que faleceram
e estão no purgatório.
A celebração foi iniciada com uma homenagem aos mais de 200
jovens que faleceram no incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande
do Sul. Apareceram no telão, colocado nas proximidades do presbitério, os seus
nomes e suas fotografias. Antes, o
presidente da celebração mostrara uma estatística em que diz que aumentou em
500 por cento o número de jovens que perderam
as suas vidas nos últimos dez anos. Foram assassinados ou se suicidaram.
Uns envolvidos com drogas, outros sem perspectivas de vida.
A Igreja de Cristo Rei estava lotada naquele dia, com os fiéis
participando da celebração e ouvindo
atentamente o que o celebrante descrevia, em especial na homília, quando ele
comentou o evangelho em que dizia “Na casa de meu Pai tem muitas moradas. Tem
lugar para todo mundo. Ninguém pode ficar fora dela”.
Nesse momento, passam sobre os fiéis mantos pretos e os
jovens, na volta, trazendo mantos
brancos, foi quando as luzes da Igreja, que estava na penumbra, se acenderam para a entrada da imagem de
Nossa Senhora, recebida com o canto: “Com minha mãe estarei, na santa glória um
dia...”
No final, o padre Eugênio Pacelli foi para a porta principal
da Igreja, que estava fechada. Com um
crucifixo, bateu três vezes nela, que
foi aberta simbolizando uma das portas do paraíso, que estavam fechadas para
nós pelos nossos primeiros pais (Adão e Eva).
Nenhum comentário:
Postar um comentário