domingo, 29 de setembro de 2013
REFLETINDO SOBRE O EVANGELHO
Lucas 16,19-31
Vigésimo Sexto Domingo
Em Lucas (16, 19-31) encontramos a parábola do rico e do pobre Lázaro. O
rico, sem nome na parábola, é conhecido por Epulão, por sua vida na
comilança e na bebedeira. O pobre Lázaro (Eleazar e Eliezer), em
hebraico, significa “Deus ajuda”. Lázaro ferido no corpo e na dignidade,
verdadeiro excluído, encontra solidariedade em Deus. Durante muito
tempo, pensou-se que esta parábola era uma espécie de geografia do
inferno. É uma análise psicológica dos sentimentos de pessoas
complicadas. A parábola é um convite ao discernimento: é dirigida a
todos nós, pobres e ricos. O rico não se condena pelo simples fato de
ser rico, mas porque não teme a Deus, porque se nega a compartilhar o
que é seu com o pobre que está morrendo de fome. O pobre se salva não
pelo fato de ser pobre, mas porque está aberto à graça de Deus e espera
a salvação, provinda de quem faz justiça aos oprimidos e dá pão aos
famintos (Cf. Salmo 145).
Ao refletir sobre esta parábola, corre-se o perigo de se crer que ela é
dirigida somente aos ricos a quem todos condenam; no entanto, a parábola
é dirigida a todos nós, ricos e pobres, pedindo conversão, amor e
solidariedade. A riqueza em si não é pecado. O pecado está, muitas
vezes, no modo de adquiri-la e, freqüentemente, no modo de usá-la, como
quando ela se torna instrumento de vaidade, de ostentação e de
exploração dos outros. Alguém usou uma comparação muito apropriada. O
dinheiro é como um fertilizante: acumulado, não traz nenhum proveito;
pelo contrário, torna-se prejudicial e agressivo; espalhado no solo, é
extremamente benéfico: Fertiliza a terra e a cobre de frutos. Que o
homem nunca se torne servo do dinheiro, mas saiba fazer dele sempre um
servo obediente e prestimoso, fonte de harmonia e de paz.
Celebramos hoje, em todo o Brasil o Dia da Bíblia. Foi escolhido este
dia (30 de setembro), em memória de São Jerônimo, que dedicou toda a sua
vida ao seu estudo e tradução. Por determinação dos Bispos do Brasil,
celebra-se, nessa data, o Dia da Bíblia ou no último domingo de setembro.
Neste dia, o Senhor Jesus quer abrir os nossos ouvidos e o nosso coração
para acolher a palavra “viva e eficaz”, que é caminho e luz para a
humanidade.
Pe. Raimundo Neto.
Pároco de São Vicente de Paulo
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