domingo, 31 de janeiro de 2016

QUEREMOS DEUS RECEBE 10 MIL FIÉIS CATÓLICOS NO PRESIDENTE VARGAS



Cerca de 10 mil fiéis católicos ocuparam, durante a tarde-noite de hoje, as arquibancadas e setor especial do Estádio Presidente Vargas, para participar da 27ª Edição do “Queremos Deus”, evento promovido pela Família Carismática e que teve como pregador principal o padre Anderson, da Canção Nova.

VEIO DO CÉU

O coordenador geral do “Queremos Deus”, o economista Paulo Mindêllo exaltou a abertura do evento, com o cantor e sanfoneiro Waldonys, que desceu de paraquedas, no gramado do Presidente Vargas às 14h40, saindo de um helicóptero. “Ele veio do céu” e, imediatamente, subiu no palanque e se apresentou para os que compareceram àquela praça de esportes.

ORGANIZAÇÃO

O “Queremos Deus” ficará encerrado daqui a pouco com uma celebração eucarística, que será presidida por dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, arcebispo de Fortaleza que na sua homília tocará no tema do “Ano da Misericórdia”, lançado pelo papa Francisco, no dia 8 de dezembro.
A Misericórdia foi lembrada também pelo padre Anderson, que subiu ao palanque para a sua pregação, no momento em que começava a chover.


O evento contou com a colaboração da Polícia Militar do Ceará, agentes de trânsito da AMC, que organizou o tráfego no entorno do estádio, inclusive proibindo o estacionamento de veículos nas ruas Paulino Nogueira, Costa e Sousa e Marechal Deodoro. O Hemoce também esteve presente fazendo a coleta de sangue.


DETENTO DOA AO PAPA FRANCISCO PEQUENO BARCO À VELA, SIMBOLO DA LIBERDADE


Cidade do Vaticano (RV) – A primeira Audiência Jubilar, realizada no sábado, 30, na Praça São Pedro, também foi caracterizada pela presença de um objeto pouco comum: o modelo de um pequeno navio, à vela, construído por um detento de uma prisão italiana de segurança máxima.
O jovem Jack Benson, de fato, cumpre pena na Prisão de Nuchis, na ilha italiana da Sardenha. Seu desejo, com o presente, era transmitir ao Papa sua ideia de liberdade e de esperança, refere o L’Osservatore Romano. Em uma comovente carta endereçada ao Santo Padre, Jack contou que quis construir precisamente uma embarcação à velas, para “expressar a esperança de que o vento do espírito o ajude a reencontrar a liberdade verdadeira”. O souvenir foi entregue a Francisco por outro detento, Ciro Argentino,  presente na Praça São Pedro graças a uma licença-prêmio.
Bergoglio também recebeu uma carta de todos os detentos de Nichis. “Somos pecadores – escrevem – pois num determinado ponto de nosso caminho, fomos engolidos pela escuridão. Mas experimentamos que precisamente quando se toca o fundo do poço, o amor de Jesus nos estende a mão e nos leva o perdão com a sua misericórdia”.
A iniciativa de integração e de solidariedade é do Coral gospel da Associação Tel Thee, de Telti, que na prisão da Sardenha promoveu o projeto Eleos, com a certeza – afirmou a sua Presidente Maria Dolores Angius - que “a misericórdia cria também segurança coletiva, dentro e fora da prisão”
O grupo, que acompanhava o detento, presenteou o Papa com uma imagem de Nossa Senhora de Bonária, padroeira da ilha. (JE)(from Vatican Radio)
Fonte: Rádio Vaticano

ANGELUS: ANUNCIAR JESUS SEM EXCLUSÃO E SEM PRIVILÉGIOS



Domingo, 31 de Janeiro, Angelus com o Papa Francisco na Praça de S. Pedro: na sua mensagem o Santo Padre afirmou que nenhuma condição humana pode constituir motivo de exclusão do coração do Pai, e que o único privilégio aos olhos de Deus é aquele de não ter privilégios.
O Papa Francisco começou por comentar o Evangelho deste domingo que nos leva de novo à sinagoga de Nazaré na Galileia onde Jesus cresceu em família e é conhecido por todos. A sua vida pública tinha sido já iniciada e Ele regressa em dia de sábado à sinagoga apresentando-se à comunidade.
Jesus lê a passagem do profeta Isaías que fala do futuro Messias – lembrou o Santo Padre – e Jesus declara, como nos escreve S. Lucas, que “cumpriu-se hoje mesmo esta passagem da Escritura que acabais de ouvir”.
“Os concidadãos de Jesus” – disse o Papa – começaram a murmurar entre eles e a dizer: ”porque é que este que pretende ser o Consagrado do Senhor, não repete aqui na sua cidade, os prodígios que se diz ter feito em Cafarnaum…?
A este propósito Jesus afirma: “Nenhum profeta é bem aceite na sua pátria” – recordou o Papa que salientou o facto de Jesus ter sido dali expulso.
“Esta passagem do Evangelho” – sublinhou o Santo Padre – “não é simplesmente a descrição de um litígio entre vizinhos”, mas coloca em destaque uma tentação do homem religioso: “considerar a religião como um investimento humano e, por consequência, colocar-se a “contratar com Deus procurando o seu próprio interesse”. E o ministério profético de Jesus é anunciar sem ser excluído e sem privilégios – afirmou o Papa Francisco:
“… anunciar que nenhuma condição humana pode constituir motivo de exclusão do coração do Pai, e que o único privilégio aos olhos de Deus é aquele de não ter privilégios, de estar abandonado nas suas mãos.”
Também “hoje”, nesta praça “cumpriu-se” a Escritura, proclamada por Jesus na sinagoga – salientou o Papa dizendo que é sempre Jesus que “faz o primeiro passo” para vir ao nosso encontro visitando-nos com a sua misericórdia para nos levantar do “nosso orgulho e nos convida a acolher a consoladora verdade do Evangelho e a caminhar nos caminhos do bem”.
Após a oração do Angelus o Papa Francisco recordou, em particular, o Dia Mundial dos Doentes de Lepra e saudou os muitos jovens e adolescentes da Ação Católica da Diocese de Roma presentes na Praça de S. Pedro coma iniciativa “Caravana pela Paz”.
Dois deles juntaram-se ao Papa na Janela do Palácio Apostólico e lerem um pequeno texto no qual sublinharam o seu empenho pela paz.
O Papa Francisco a todos desejou um bom domingo e um bom almoço.
Fonte: Rádio Vaticano

A EUCARISTIA É ESCOLA DE HUMILDE SERVIÇO, DIZ O PAPA EM MENSAGEM AO CONGRESSO EUCARÍSTICO NAS FILIPINAS



Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco enviou uma videomensagem neste domingo, 31, aos participantes do 51° Congresso Eucarístico Internacional que se realiza em Cebu, nas Filipinas, onde anunciou que o próximo Congresso será realizado em Budapest, em 2020. Eis a íntegra da mensagem do Santo Padre:
“Queridos irmãos e irmãs,
Saúdo a todos vocês reunidos em Cebu para o 51° Congresso Eucarístico Internacional. Agradeço ao Cardeal Bo, que é o meu representante entre vocês e dirijo uma saudação especial ao Cardeal Vidal, Arcebispo de Palma e aos bispos, sacerdotes e fieis de Cebu. Saúdo também o Cardeal Tagle e todos os católicos das Filipinas. Estou particularmente contente que este Congresso tenha reunido tantas pessoas do vasto continente asiático e de todo o mundo.
Há apenas um ano visitei as Filipinas logo após o tufão Yolanda. Pude constatar pessoalmente a profunda fé e resiliência de seu povo. Sob a proteção do Santo Niño, o povo filipino recebeu o Evangelho de Jesus Cristo há quinhentos anos. Desde então, os filipinos deram ao mundo um exemplo de fidelidade e de profunda devoção ao Senhor e à sua Igreja. Foram também um povo de missionários, que difundiu a luz do Evangelho na Ásia e até os extremos confins da terra.
O tema do Congresso Eucarístico – “Cristo em vós, a nossa esperança de glória” – é de grande atualidade. Ele nos recorda que Jesus Ressuscitado está sempre vivo e presente na sua Igreja, sobretudo na Eucaristia, Sacramento de Seu Corpo e Sangue. A presença de Cristo em meio a nós não é somente uma consolação, mas também uma promessa e um convite. É uma promessa de que uma eterna alegria e paz serão nossas, um dia, na plenitude de seu Reino. Mas é também um convite a seguir em frente como missionários, para levar a mensagem da ternura, do perdão e da misericórdia do Pai a todos os homens, mulheres e crianças.
Como o nosso mundo tem necessidade desta mensagem! Quando pensamos nos conflitos, nas injustiças e nas urgentes crises humanitárias que marcam o nosso tempo, nos damos conta do quanto é importante para cada cristão ser um verdadeiro discípulo missionário que leva a boa nova do amor redentor de Cristo a um mundo que tem tanta necessidade de reconciliação, justiça e paz.
Assim é apropriado que este Congresso tenha sido celebrado no Ano da Misericórdia, em que toda a Igreja é convidada a concentrar-se no coração do Evangelho: a Misericórdia. Somos chamados a levar o bálsamo do amor misericordioso de Deus a toda família humana, a enfaixar as feridas, levando a esperança onde tão frequentemente parece que o desespero tem a soberania.
Enquanto vocês se preparam para “ir em frente” na conclusão deste Congresso Eucarístico,existem dois gestos de Jesus durante a Última Ceia, sobre os quais vos peço para refletir. Ambos têm a ver com a dimensão missionária da Eucaristia. São a mesa da comunhão e o lava-pés.
Sabemos como era importante para Jesus compartilhar as refeições com os seus discípulos, mas também, e sobretudo, com os pecadores e os marginalizados. Sentado à mesa, Jesus foi capaz de ouvir os outros, as suas histórias, de entender as suas esperanças e aspirações, e de falar a eles do amor do Pai. Em cada Eucaristia, na mesa da Ceia do Senhor, devemos ser inspirados a seguir o seu exemplo, estendendo a mão ao outro, com um espírito de respeito e de abertura, com o objetivo de compartilhar com eles o dom que nós mesmos recebemos.
Na Ásia, onde a Igreja está comprometida em um diálogo respeitoso com os seguidores de outras religiões, este testemunho profético ocorre frequentemente, como sabemos, através do diálogo da vida. Por meio do testemunho de vidas transformadas pelo amor de Deus, nós proclamamos melhor a promessa do Reino de reconciliação, justiça e unidade para a família humana. O nosso exemplo pode abrir os corações à graça do Espírito Santo que os conduz a Cristo Salvador.
A outra imagem que o Senhor nos oferece durante a Última Ceia é o lavar os pés. Na véspera de sua Paixão, Jesus lavou os pés de seus discípulos como sinal de humilde serviço, de amor incondicional com o qual deu a sua vida na Cruz para salvar o mundo. A Eucaristia é escola de humilde serviço. Nos ensina a prontidão em ajudar os outros. Também isto está ao coração do discipulado missionários.
Aqui eu penso no pós-tufão. Ele provocou uma imensa destruição nas Filipinas, mas também trouxe em si uma grandíssima profusão de solidariedade, generosidade e bondade. As pessoas passaram a reconstruir não somente as casas, mas as vidas. A Eucaristia nos fala desta força, que brota a partir da Cruz e leva continuamente à nova vida. Muda os corações.Ela nos permite a ter cuidado e a proteger os pobres e os vulneráveis e a sermos sensíveis ao grito de nossos irmãos e irmãs que têm necessidade. Nos ensina a agir com integridade e a rejeitar a injustiça e a corrupção que envenenam a sociedade em suas raízes.
Queridos amigos, que este Congresso Eucarístico possa  fortalecer o vosso amor por Cristo presente na Eucaristia. Que ele possa vos permitir, como discípulos missionários, levar esta grande experiência de comunhão eclesial e de impulso missionário às vossas famílias, às vossas paróquias e comunidades e às vossas Igrejas locais. Possa ser fermento de reconciliação e de paz para o mundo inteiro.
Assim, ao final do Congresso, tenho a alegria de anunciar que o próximo Congresso Eucarístico Internacional terá lugar em 2020 em Budapest, na Hungria. Peço a todos vocês para unirem-se a mim na oração pela fecundidade espiritual e pela efusão do Espírito Santo sobre todos aqueles que estarão comprometidos na sua preparação. Ao retornarem para suas casas, renovados na fé, concedo de coração a minha Bênção Apostólica a vocês e suas famílias, como penhor de constante alegria e de paz no Senhor.
Deus vos abençoe, Pai e Filho e Espírito Santo
Papa Francisco
Fonte: Rádio Vaticano

PADRE LOMBARDI: "PAPA FRANCISCO VISITARÁ AUSCHWITZ EM JULHO"



O porta-voz do Vaticano fez o anúncio anteontem na sede da Rádio Vaticano. A visita acontece no âmbito da Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia
Pixabay
No Dia da Memória, comemorado anteontem 27 de janeiro, o diretor da Sala de Imprensa vaticana, padre Federico Lombardi, revelou que é grande a probabilidade do Papa Francisco visitar o campo de extermínio de Auschwitz. A visita terá lugar em julho, durante a viagem à Polônia para a Jornada Mundial da Juventude 2016, sem data definida até agora.
O porta-voz do Vaticano falou anteontem à Rádio Vaticano sobre o livro de Alberto Mieli, um sobrevivente do Holocausto, “Éramos judeus. Esta era a nossa culpa”, que depois de 70 anos conta para a sobrinha Ester, a terrível experiência da deportação.
Simbolicamente, no Dia da Memória, Lombardi quis usar a quipá. “Eu não gosto dos gestos teatrais – disse ele -, mas hoje eu decidi usar o quipá que usei na sinagoga para a visita do Papa há dez dias como sinal indicativo”.
Padre Federico também comentou que na França, imediatamente após os ataques terroristas, as instituições pediram às autoridades para não usarem sinais de identificação. “Nessas situações – disse o porta-voz do Vaticano – para citar as palavras de Ruth Dureghello presidente da Comunidade Judaica de Roma é justo afirmar a própria identidade contra qualquer ameaça. Eu não me esqueci dessas palavras e peguei o quipá que tinha sido dado no dia da visita à sinagoga e agora uso em sinal de solidariedade e amizade”.
O diretor da Sala de Imprensa do Vaticano também expressou sua “emoção” pelo fato de que o Dia da Memória tenha sido celebrado “em uma casa do Vaticano”, na sede da estação de rádio, “juntamente com um dos poucos sobreviventes do extermínio”. Por fim, ele recordou os três discursos pronunciados pelos Papas João Paulo II e Bento XVI na memória do Shoah de Jerusalém, Yad Vashem e Auschwitz.
Fonte: Zenit

"O PAPA NOS CONVIDA A ABRIR AS PORTAS QUE ESTAVAM FECHADAS", DISSE O REVERENDO METODISTA


O dr. Tim Macquiban fala do Pontífice como testemunho de amor e do carinho de Deus com todos
Praça de São Pedro
“O Papa Francisco está abrindo as portas que tinha sido fechadas, testemunhando que o amor de Deus pode alcançar a todos”, foi o que disse o reverendo Tim Macquiban, um dos líderes da Igreja Metodista em Roma, em uma entrevista concedida à ZENIT na semana passada. O reverendo Tim Macquiban, salientou que rezar pela unidade dos cristãos é vital e explicou como o Papa Francisco está avançando rapidamente nas boas relações ecumênicas.
O pastor contou sobre as suas esperanças para melhorar as relações entre católicos e metodistas, refletindo sobre o que temos em comum, propondo a necessidade de ecumenismo não só espiritual, mas também de ações. Em particular, Macquiban sugeriu como metodistas e católicos poderiam compartilhar a sua busca por uma vida santa.
O rev. Macquiban é, desde 1987, um  ministro da Igreja Metodista britânica. Formou-se na Universidade de Cambridge. Serviu em igrejas pequenas e grandes na Grã-Bretanha em Yorkshire e Cambridge. Ensinou por 18 anos em uma escola superior.
O ministro tem uma longa história de trabalho na pastoral, no mundo acadêmico e ecumênico. Junto com a sua esposa, Angela, apoiou o trabalho da World Church, na participação em programas de desenvolvimento. Com esta finalidade visitou a Jamaica, a Singapura e a Malásia. Também ensinou nos Estados Unidos e em várias universidade metodistas e deu palestras na Austrália. A Igreja Metodista de Roma fica perto de Castel Sant’Angelo..
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ZENIT: Acabamos de concluir a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Por que é importante orar pela unidade dos cristãos?
Rev. Macquiban: Após 50 anos de diálogo com a Igreja Católica Romana, nós oramos pelo reconhecimento do nosso batismo comum e a incorporação em um só corpo. Para aprender a amar e respeitar o outro, independentemente das nossas diferenças.
ZENIT: Qual é a contribuição do Papa Francisco no avanço do ecumenismo?
Rev. Macquiban: Tudo o que o Papa Francisco diz e faz, especialmente agora, neste ano da misericórdia, abre as portas que estavam fechadas, favorecendo o vento da mudança. O seu calor por aqueles que são outros, sejam cristãos ou não, é a prova de que o amor de Deus pode chegar a todos.
ZENIT: Quais as esperanças para melhorar as relações entre católicos e metodistas? E entre os católicos e todos os cristãos?
Rev. Macquiban: A abertura, a cordialidade e o entusiasmo pelo evangelho é algo que metodistas e católicos podem compartilhar em sua busca comum pela santidade da vida. A “fé atua por amor” como disse John Wesley, o teólogo Inglês que fundou o movimento protestante do Metodismo.
ZENIT: Durante a audiência geral da semana passada, o Papa disse que todos os cristãos compartilham a missão comum de levar a misericórdia de Deus aos demais, especialmente aos pobres e aos necessitados. Como fazer com que todos os cristãos possam trabalhar juntos buscando esse propósito?
Rev. Macquiban: Sobre esta questão não há muita diferença entre nós cristãos. Dias atrás eu estava com a comunidade de Santo Egídio na cidade de Ostia. O seu trabalho de caridade com os pobres é bastante familiar para mim. Há anos que eu prego por um “ecumenismo de ação”, que nos leva além do ecumenismo espiritual.
Fonte: Zenit

DEUS OU INVESTIMENTO DE RENDA FIXA?



Maria Emmir Oquendo Nogueira, Cofundadora da Comunidade Católica Shalom, chama a atenção para a “teologia retributiva” no relacionamento com Deus
Moedas. Por: Jon Sullivan.   Wikimedia Commons
Moedas. Por: Jon Sullivan. Wikimedia Commons
Ultimamente, tenho ficado impressionada com uma certa atitude conhecida por alguns como “teoria” ou mesmo “teologia retributiva” no relacionamento com Deus, também entre os católicos. A cada pregação, nos mais diversos locais do Brasil – nos outros países não sinto tão forte este fenômeno – alguém apresenta, de uma forma ou de outra, a seguinte pergunta: “Mas porque aconteceu isso comigo se eu procuro fazer tudo o que Deus quer?” e, a seguir, descreve como vai à missa e reza o terço diariamente, como socorre os pobres, como vai regularmente às reuniões da paróquia, como se confessa uma vez por mês, etc.
Outros, que enfrentam, como a quase totalidade dos brasileiros, desafios financeiros, colocam as coisas mais claramente: “Mas, porque é que eu estou com dificuldades se eu sou fiel ao dízimo todos os meses? A Bíblia não promete que se eu for fiel ao tributo do templo Deus vai ser fiel a mim?” Há ainda aqueles que, servindo a Deus com alegria e fidelidade na paróquia, grupos, encontros, comunidades, espantam-se e sentem-se inseguros quando morre um parente, a filha solteira engravida, o filho entra na droga, o cônjuge adultera, os familiares abandonam a Igreja: “Mas eu cuidei das coisas de Deus confiando que ele cuidaria das minhas! Como é que isso pode ter acontecido?” Ao grupo de decepcionados com as “atitudes” de Deus, somam-se os que exclamam, ressentidos: “Mas eu entreguei toda a minha vida a Deus! Consagrei-me a Ele! Por que Ele não me liberta deste pecado? Por que ainda tenho este vício? Por que ainda convivo com esta fobia? Por que continuo deprimido? O que me falta ainda dar a Deus? Você acha que é minha pouca fé?”
Cada vez que ouço algo parecido me vem uma lembrança e uma perplexidade. A lembrança é a de Maria, aos pés da cruz de Jesus, sustentada pela caridade que a une ao Filho, pela fé de que Deus é sempre amor e pela esperança da ressurreição que Ele prometera. A perplexidade refere-se ao tipo de formação que talvez alguns tenham recebido. Terá ela sido verdadeiramente católica, ou traz resquícios da tal teologia retributiva que reduz nosso relacionamento com Deus ao “dai-e-dar-se-vos-á”, típico de algumas visões não católicas? Será que estamos ensinando que tudo o que damos a Deus e o que “fazemos por Ele” tem como base essencial a gratuidade do amor? Será que estamos ensinando que o amor é, por essência, gratuito e que, ao nos entregarmos a Deus, ao servi-Lo, ao devolver o tributo, ao nos consagrarmos não temos nenhuma garantia de que as coisas vão ser como queremos ou pensamos que seriam? Será que deixamos claro que Deus, longe de ser um investimento de renda fixa, com retorno garantido, é Amor que corre todos os riscos por nós? Será que ensinamos que Deus não dá nenhuma garantia de retorno como nós pensamos que Ele deveria dar?
Ou, talvez, estejamos ensinando – e crendo! – que, se eu der dinheiro à paróquia Deus me dará o dobro; se eu servir à Igreja, Deus me servirá; se eu fizer tudo “certinho” Deus vai fazer com que tudo dê “certo” comigo e com os meus; se eu consagrar minha vida a Deus, tenho garantia de libertação e santidade, em uma negociação infindável de fazer inveja ao título mais promissor do mercado…
Ao olhar a vida dos santos, de Maria e do próprio Jesus, qualquer um ficaria facilmente desencantado com as ideias retributivas que empeçonham a mente de um católico, impedindo-o de ter a mente de Cristo. Tome-se, por exemplo, São Paulo: perseguições, apedrejamentos, naufrágios, falatórios, julgamentos, calúnias, prisões e morte. São Pedro não será muito diferente! Nem Jesus. Nem Maria. Nem Madre Teresa de Calcutá. Nem João Paulo II.
Alguém tem que voltar a ensinar que o amor a Deus, para ser amor, precisa ser absolutamente gratuito, sem nenhuma garantia de retorno. Pelo menos, não na nossa moeda, não na nossa medida.  O “dai e dar-se-vos-á”, a “medida boa, cheia, recalcada, transbordante” são um outro câmbio, uma outra moeda, a moeda do céu, que é sempre amor.
Maria Emmir Oquendo Nogueira
Cofundadora da Comunidade Católica Shalom
em “Entrelinhas” da Revista Shalom Maná
TT @emmiroquendo
Facebook/ mariaemmirnogueira
Coluna da Emmir – www.comshalom.org
Fonte: Zenit

O JUBILEU DECOLA: EM ROMA OS RESTOS MORTAIS DO PADRE PIO E LEOPOLDO MANDIC E 700 MISSIONÁRIOS DA MISERICÓRDIA



Mons. Rino Fisichella apresenta na Sala de Imprensa Vaticana os dois significativos eventos do Ano Santo da Misericórdia programado para o próximo mês

Mons. Rino Fisichella
“É uma novidade o fato de que dois pobres frades, que nunca deixaram suas respectivas cidades em vida, venham a Roma de forma tão solene. É algo extraordinário”. Não esconde o seu entusiasmo mons. Rino Fisichella ao apresentar hoje, na Sala de Imprensa vaticana, o que será certamente um dos eventos mais importantes deste Jubileu Extraordinário da Misericórdia que até agora reuniu nos diversos eventos cerca de 1,4 milhões de pessoas, das quais 40% provenientes de fora da Itália. Ou seja, nos referimos à translação momentânea dos restos mortais de São Pio de Pietralcina e de São Leopoldo Mandic à Roma.
Dois santos universalmente amados, que recolhem grandes devoções e que levarão a Roma uma multidão de peregrinos e grupos de oração. Cinquenta mil devotos do Pe. Pio se encontrarão com o Pontífice, no dia 6 de fevereiro, para uma audiência especial no Vaticano, como relatado pelo presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da nova Evangelização, e organizador do Ano Santo.
Fisichella explicou que as urnas contendo os corpos dos dois santos serão transparentes. Ambas estarão sob o altar da Confissão na Basílica vaticana, na mesma posição do caixão de madeira de João Paulo II no seu funeral de 2005.
Em sua chegada a Roma, no dia 03 de fevereiro, serão colocados na Igreja de São Lourenço Fora dos Muros, que estará aberta a partir das 15h para uma celebração de acolhida. Lá ficarão até as 20h30 do dia sucessivo para algumas celebrações reservadas ao “vasto” mundo da família franciscana.
A partir do dia 4 de fevereiro em diante serão hóspedes da Igreja jubilar de São Salvador em Lauro, conhecida também como a “casa” romana do Pe. Pio, que conserva dentro várias relíquias. Na igreja histórica, a poucos passos da Piazza Navona, organiza-se uma vigília noturna de oração, a partir das 22, na qual se espera a presença de cerca de 4 mil peregrinos.
O Pe. Pietro Bongiovanni, pároco, explicou hoje na Sala de Imprensa Vaticana: “Estamos preparando o evento com cuidado porque os números estão aumentando de forma considerável e a realidade é estreita”. A Igreja, porém, permanecerá aberta para todos os fieis que desejarem realizar seu ato de veneração. A oração continuará depois no dia seguinte, 5 de fevereiro, com várias celebrações, até a Eucaristia das 14h presidida por mons. Michele Castoro, arcebispo de Manfredônia-Vieste-São Giovanni Rotondo.
Também no dia 5, porém, às 16h, em São Salvador em Lauro será a procissão com os dois corpos, que atravessará toda a via da Conciliação até alcançar o átrio de São Pedro. O card. Angelo Comastri, arcipreste da Basílica Papal, os receberá e depois de um momento de oração os introduzirá em São Pedro onde serão colocados – como falado – na nave central, diante do altar da Confissão.
Na basílica de São Pedro – disse Fisichella – as relíquias estarão expostas até a manhã do 11 de fevereiro (até a Quarta-Feira de Cinzes, 10, quando a basílica ficará fechada para a Audiência geral e para a celebração do começo da Quaresma). Depois de uma eucaristia de agradecimento, às 7h30, voltarão às suas respectivas sedes de origem.
Não está prevista uma visita oficial do Papa, informou mons. Fisichella respondendo aos jornalistas, é plausível, porém que, “dada a devoção, especialmente por São Leopoldo, o Santo Padre queira ter um momento privado de oração com as relíquias”. “Se compreende a importância deste momento – acrescentou o prelado – porque expressa realmente uma primícias, conhecendo a história desses dois santos que passaram a vida a serviço da misericórdia de Deus”.
E por falar em misericórdia, Fisichella anunciou detalhes do segundo evento jubilar: a celebração da quarta-feira de cinzas durante a qual o Papa dará o mandato aos Missionários da Misericórdia. Ou seja, os sacerdotes que, depois de prévia consulta, receberão a tarefa só e exclusivamente do Pontífice (“nenhum bispo está autorizado a nomeá-los”) de serem “testemunhas privilegiadas nas suas Igrejas particulares do evento jubilar” com a autoridade “de perdoar também os pecados reservados somente à Sé Apostólica”.
Ou seja: a profanação da Eucaristia, a violência contra o Papa, a absolvição do cúmplice em pecado do sexto mandamento, a excomunhão por ter ordenado um bispo sem mandato papal, a quebra do sigilo no confessionário. O pecado do aborto não é um deles, disse o arcebispo. Esse pecado “não é reservado à Santa Sé, mas aos bispos particulares que, segundo o próprio critério, habilitam alguns sacerdotes, em alguns momentos fortes do ano litúrgico”.
Devem, portanto, “ser confessores sábios e humildes, capazes de grande perdão com aqueles que se aproximam da confissão”, observou Mons. Fisichella, informando que atualmente os Missionários são mais de 1.000. Exatamente 1071, “e teremos ido além, dado o número incrível de pedidos recebidos… Fomos obrigados a superar o número inicial de 800, por causa dos pedidos”, explicou o chefe do Dicastério, “fizemo-lo justamente para satisfazer o desejo de ter em todos os lados os sinais dessa presença tão significativa”.
Os missionários vêm de todo o mundo, mesmo de países distantes e de particular importância como Birmânia, Líbano, China, Coreia do Sul, Tanzânia, Emirados Árabes, etc. Haverá também sacerdotes de rito oriental e religiosos das várias ordens, capuchinhos e franciscanos na vanguarda.
“Todos receberam a permissão dos seus respectivos bispos diocesanos ou superiores religiosos e estarão à disposição de quem quiser a sua presença no período jubilar e especialmente durante a Quaresma”. Naturalmente com gastos a cargo das dioceses que os receberão.
Em Roma, estarão presentes 700. Francisco os encontrará no dia 9 de fevereiro “para expressar o quanto tem no coração com esta iniciativa que é certamente um dos momentos mais sugestivos e significativos do Jubileu da Misericórdia”. No dia seguinte, só os Missionários da misericórdia concelebrarão com o Santo Padre e naquela ocasião receberão o “mandato”.
Todos os bispos receberão uma lista completa com os dados dos vários Missionários, com base na nacionalidade, para poder entrar em contato com eles e depois enviar-lhes as informações aos párocos, responsáveis do Jubileu e as realidades que as realidades que queiram convidá-los. “Uma ideia inicial – revelou Fisichela – era de envolver os bispos eméritos, mas tendo recebido muitos pedidos de sacerdotes nós privilegiamos sacerdotes e religiosos. Também para validar o sinal querido pelo Santo Padre de que os sacerdotes retomem com força o sacramento da reconciliação”.
Entre os eventos que devem ser lembrados – concluiu o presidente do Dicastério para a Nova Evangelização – também o Jubileu da Cúria, do Governatorato e das Instituições ligadas à Santa Sé que será no próximo dia 22 de fevereiro. A celebração prevê uma reflexão na Sala Paulo VI às 8h30 dirigida pelo pe. Marko Rupnik. Concluída a meditação, haverá a procissão para a praça de São Pedro com a passagem da Porta Santa e, às 10h30, a celebração da Eucaristia presidida pelo Papa Francisco.
Fonte: Zenit

PROFETAS DA MISERICÓRIDA


Reflexões Dom Alberto Taveira Corrêa, Arcebispo metropolitano de Belém do Pará

Porta Santa
Jesus viveu na cidade de Nazaré, dentro de todas as relações sociais de uma vilazinha habitada por pessoas briguentas e implicantes com as outras, com relações mais provincianas do que aquelas ainda encontradas em nossos dias, malgrado o crescimento, a técnica, comunicações e outros acréscimos mais oferecidos pela cultura corrente. Ali, quando alguém, criado nas vielas e no meio da criançada e depois juventude, aprendiz de carpinteiro, certamente amigo de tanta gente, volta e se faz realizador das profecias, o fato suscitou reações fortes que chegaram aos limites do ódio, com o qual muitos pretenderam eliminá-lo. Jesus teve que passar pelo meio da multidão, escapando para não ser lançado no precipício (Cf. Lc 4, 21-30). Entretanto, sua presença deixou estupefatos os habitantes de Nazaré: “Seus discípulos o acompanhavam. No sábado, começou a ensinar na sinagoga, e muitos se admiravam. ‘De onde lhe vem isso? ’, diziam. ‘Que sabedoria é esta que lhe foi dada? E esses milagres realizados por suas mãos? Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, Joset, Judas e Simão? E suas irmãs não estão aqui conosco? ’ E mostravam-se chocados com ele. Jesus, então, dizia-lhes: ‘Um profeta só não é valorizado na sua própria terra, entre os parentes e na própria casa’. E não conseguiu fazer ali nenhum milagre, a não ser impor as mãos a uns poucos doentes. Ele se admirava da incredulidade deles. E percorria os povoados da região, ensinando” (Mc 6, 1-6).
Por onde passava, o povo experimentava a alegria: “Cheios de grande admiração, diziam: Tudo ele tem feito bem. Faz os surdos ouvirem e os mudos falarem” (Mc 7, 37). O Senhor Jesus só fez o bem e manifestou a infinita misericórdia do Pai, não deixando passar perto de si os cegos, os coxos e estropiados, mudos, paralíticos, marginalizados e pecadores de todo tipo. Justamente por isso foi julgado, condenado e morto, para depois ressuscitar glorioso ao terceiro dia. Perto dele se encontravam os discípulos, começando pelos apóstolos, para alargar cada vez mais o círculo, chamando homens e mulheres do meio das multidões que se multiplicam pelos séculos afora. A porta é sempre a do perdão e da misericórdia. As testemunhas mais significativas são justamente aquelas que foram banhadas pelo óleo do perdão e acolhidas com o abraço do pastor, que vai ao encontro da ovelha perdida e a traz sobre os ombros. Há poucos dias, o Papa Francisco abençoou os carneirinhos dos quais é tirada a lã para confeccionar os pálios dos Arcebispos nomeados a cada ano, chamados justamente a serem sinais do amor misericordioso, que busca quem está perdido.
Mas esta é a vocação de todos os cristãos, feita também matéria do exame a ser aplicado no fim dos tempos, a prova da misericórdia. Se a Igreja e os cristãos são julgados, quem sabe condenados, perseguidos e incompreendidos, que seja pela prática da bondade e da misericórdia. Nas “nazarés” de todos os tempos, permita o Senhor que todos os discípulos de Jesus passem fazendo apenas o bem, e que suas mãos não se manchem com a iniquidade e eles não sejam motivo de escândalo para os pequeninos.
Como a fragilidade humana acompanha nossa história pessoal e de Igreja, a proclamação contínua da misericórdia, mormente em tempos transformados em “Jubileu”, somos convidados a acorrer ao trono do perdão ilimitado do Senhor. Ponto de partida é o reconhecimento sincero e honesto das fraquezas e pecados cometidos, para que assim o Espírito Santo encontre corações abertos à unção do perdão. Quem se julga mais perfeito do que os outros, espécime superior diante do comum dos mortais, fecha a porta para a experiência magnífica do perdão misericordioso de Deus e para o consequente crescimento na virtude. Daí a insistência da Igreja, no Ano da Misericórdia, convidando à peregrinação, oração, sacramento da Penitência, tudo isso simbolizado na passagem pelas muitas portas santas da Misericórdia abertas por toda parte.
Entretanto, a Igreja convida a espalhar a misericórdia, através das chamadas “Obras de Misericórdia”, para que todos experimentem a alegria de ser misericordiosos como o Pai. A Arquidiocese de Belém, inspirada pela proposta feita pelo Papa Francisco aos jovens que se preparam à Jornada Mundial da Juventude, convida todos os irmãos e irmãs que se sentem tocados pela graça do Jubileu, a colocarem em prática, pouco a pouco, estes gestos corporais e espirituais, durante o ano corrente. Para o mês de fevereiro, desejamos juntos praticar duas obras de misericórdia espirituais: Dar bom conselhos e ensinar os que precisam.
Aconselhar é orientar e ajudar a quem precisa. O Salmista nos convida a rezar: “Bendigo o Senhor que me aconselhou; mesmo de noite meu coração me instrui” (Sl 16, 7). Jesus nos orientou e aconselhou a não sermos cegos guiando cegos (Cf. Mt 15, 14), e também a primeiro tirarmos a trave do nosso olho, para depois tirar o cisco do olho do irmão (Lc 6, 39). Dar bons conselhos e não qualquer conselho. Para isso, é preciso mergulhar na graça do Espírito Santo e perceber os sinais de Deus que nos auxiliam na compreensão dos fatos. Aconselhar não é pretender adivinhar o futuro, muito menos projetar nossas angústias; é ajudar, à luz da oração e do conhecimento da vontade de Deus, a quem nos pede um discernimento nas opções e decisões a serem tomadas.
Ensinar os que precisam não é apenas transmitir conhecimentos, ensinar os valores  do Evangelho, formar  na doutrina e nos bons costumes éticos e morais. A história da salvação é sem dúvida uma instrução contínua e interrupta da parte de Deus para com a humanidade. Nossa tarefa é instruir as pessoas, começando pelo nosso exemplo, chegando à Palavra e os ensinamentos sistemáticos. À comunidade dos Colossenses Paulo diz: “A palavra de Cristo permaneça em vós com toda sua riqueza, de sorte que com toda sabedoria possais instruir e exortar-vos mutuamente.” (Cl 3, 16). Toda instrução que brota  da caridade, oração e paciência gera frutos em abundância.

Fonte: Zenit

A FORMAÇÃO INTELECTUAL DOS SEMINARISTAS


IMG_9697Anteriormente falamos de maneira breve do caminho formativo dos seminaristas na Comunidade Católica Shalom, citando as quatro dimensões que perfazem esse percurso: formação humana, espiritual, intelectual e pastoral. Hoje falaremos da dimensão intelectual, mas nos valendo da palavra da Igreja a esse respeito.
Para esta formação intelectual de nossos seminaristas, contamos de maneira mais específica com os cursos de Filosofia e Teologia. Eles cursam faculdade, nas palavras de São João Paulo II, porque “A formação intelectual dos candidatos ao sacerdócio encontra a sua específica justificação na própria natureza do ministério ordenado e manifesta a sua urgência atual de fronte ao desafio da ‘nova evangelização’, à qual o Senhor chama a Igreja no limiar do terceiro milênio” (Pastores Dabo Vobis, 51).
Portanto, esse é um trabalho que é árduo, mas que tem um sentido maior e despende esforço do candidato em sua dedicação e também os necessários recursos para seus estudos. De maneira concreta, Dom José Antônio, Arcebispo de Fortaleza, em sua homilia na missa de ação de graças pela conclusão dos cursos de Filosofia e Teologia da Faculdade Católica de Fortaleza, sintetiza a razão e a relação desses dois cursos:
“Esses dois departamentos (Filosofia e Teologia) de estudos, de reflexão, de conhecimento, de busca de ser cooperadores da Sabedoria de Deus, participando da Sabedoria de Deus se refletem, sem dúvida, a essas duas realidades: ao homem e a Deus. Para conhecer os clamores do coração humano, para conhecer o que o homem busca pensar de si mesmo. Mais reconhecer as dificuldades com as quais a pessoa humana cuida de se conhecer e ter ciência para o sentido de sua vida e seu destino. E isto abre o coração humano à realidade humana mais profunda: realidade criada, histórica, a realidade trágica e dramática da vida humana que não conhece e não consegue dizer para si mesmo quem ele é. Ele não consegue com plena sabedoria definir-se a si mesmo, mas tem necessidade, portanto, de algo maior e isso se torna preparação para o encontro com Deus na Revelação. É por isso que a Teologia depois, partindo da Revelação e da vida de Jesus, daquilo que é Revelação do Verbo de Deus na carne humana, procura conhecer o destino humano e harmonizar a busca do destino humano no sentido muito maior e mais alto segundo o próprio eco da missão e revelação de Jesus (…)”.
Essa é a graça e responsabilidade que os seminaristas vivem e que conta com sua cooperação. O custo médio da mensalidade de um seminarista é de R$ 700,00 e, como partilhamos noutra ocasião, tivemos nesse ano, graças a Deus, o ingresso de mais 15 seminaristas. Por essa razão, pelo aumento de nossas despesas, lançamos a campanha pela internet “Se depender de mim, sempre haverá novos padres”, que termina próximo mês. Nos ajude nesse tempo com essa campanha pela internet no endereço www.kickante.com.br/queromaispadres. Você pode contribuir com sua doação material, mas também divulgando essa campanha, pois, nesse tipo de campanha pela internet se arrecada todo o valor estimado ou se devolve tudo. É tudo ou nada! Você pode nos acompanhar ou tirar suas dúvidas através do e-mail seminaristas@comshalom.org, www.facebook.com/seminaristashalom ou (85) 9 8829.6477 (WhatsApp).
Se depender de mim, sempre haverá novos padres. E se depender de você?
Márcio José
Setor de Sacerdotes e Seminaristas da Comunidade Católica Shalom

A COLETA DA SOLIDARIEDADE OCORRERÁ POR MEIO DE DEPÓSITO BANCÁRIO



A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira, em consonância com o Jubileu Extraordinária da Misericórdia, convocado pelo papa Francisco, promovem Campanha de solidariedade em prol dos migrantes e refugiados. Confira o vídeo da campanha
“Estamos diante de uma situação de migração muito grande. O papa tem nos alertado para sairmos ao encontro dos nossos irmãos e irmãs que deixam suas terras, que buscam aconchego e lugar para morar. Vamos ajudar com essa ação solidária promovida pela CNBB e Cáritas, para podermos melhor acolher, a Jesus, por meio dos nossos irmãos que sofrem”, motiva o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner. 
Por ocasião do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, celebrado no domingo, 17 de janeiro, o Vaticano divulgou mensagem do papa Francisco. O texto, intitulado "Os migrantes e os refugiados nos interpelam: a resposta do Evangelho da misericórdia”, recorda os sofrimentos dos povos que são obrigados a deixar as regiões onde habitam. 
Na mensagem, o papa pede que a sociedade se empenha para minimizar os sofrimentos dessas populações. “Os emigrantes são nossos irmãos e irmãs que procuram uma vida melhor longe da pobreza, da fome, da exploração e da injusta distribuição dos recursos do planeta, que deveriam ser divididos equitativamente entre todos. Porventura não é desejo de cada um melhorar as próprias condições de vida e obter um honesto e legítimo bem-estar que possa partilhar com os seus entes queridos?”, refletiu Francisco. 
Ao final do texto, o papa envia palavras de esperança aos migrantes e refugiados: “Queridos irmãos e irmãs emigrantes e refugiados! Na raiz do Evangelho da misericórdia, o encontro e a recepção do outro entrelaçam-se com o encontro e a recepção de Deus: acolher o outro é acolher a Deus em pessoa! Não deixeis que vos roubem a esperança e a alegria de viver que brotam da experiência da misericórdia de Deus, que se manifesta nas pessoas que encontrais ao longo dos vossos caminhos!”, escreveu. 
Realidade pelo mundo
Em todo o planeta, 60 milhões de pessoas foram forçadas a deixar suas casas, migrando para outros países. Atualmente, constata-se uma crescente discriminação e criminalização das pessoas que se encontram na condição de migrantes e refugiadas. Essa situação contribui para que essas populações se tornem ainda mais vulneráveis em termos socioeconômicos e mais sujeitas à violência.
Os recursos arrecadados com a campanha serão destinados a ações de sensibilização da sociedade quanto à importância da acolhida, solidariedade e ajuda humanitária a essas pessoas. São atividades voltadas ao fortalecimento das iniciativas já existentes; de apoio à criação de novos centros de acolhida, atendimento e promoção dos direitos humanos.
Além disso, por meio dos recursos pretende-se criar uma rede católica destinada a formar, integrar e fomentar o acolhimento, a proteção legal e a integração local de migrantes e refugiados em todo o Brasil; e de apoio a iniciativas correlatas desenvolvidas em outros países, com a ação da Caritas Internacional.
A coleta de solidariedade deve ser feita por meio de depósito bancário, na conta da Cáritas. 

Banco do Brasil
Agência: 3475-4
Conta corrente: 32.792-1

Caixa Econômica Federal
Agência: 1041
Operação: 003
Conta Corrente: 3735-5

 

HORÁRIO DE MISSAS

Paróquia São Vicente de Paulo, à Avenida Desembargador Moreira, 2211, no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza.

*Diariamente: 6h30 e 17h30
* De 3ª a 6ª: 11h30 e 19 horas
*Sábado: 6h30, 12 horas e 17h30
* Domingo: 6h30, 8h30, 11h30, 17h30 e 19h30

Comunidade Face de Cristo, à Rua Edmilson Barros de Oliveira, 191, no bairro Cocó, em Fortaleza

* De segunda à sexta-feira: 7 horas.
* Domingo: às 8 e 18h30

 Paróquia São João Eudes:

Na Igreja  Menino Deus, à Rua Jaime Leonel, s/n, no bairro Luciano Cavalcante

* Às 3ªs e 5ªs feiras, às 19 horas
* Domingo: às 7 e 19 horas.

Na Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, à rua Albert Sabin, s/n, no bairro Cocó/Guararapes.

* Às  4ªs feiras, às 18h30, novena de Nossa Senhor do Perpétuo Socorro, às 19 horas, missa e, às sextas-feiras, às 18h30, Adoração ao Santíssimo Sacramento e, logo em seguida, missa.
* Domingo: às 9, 17 e 19 horas.

Paróquia Nossa Senhora da Assunção (Santuário), no bairro Barra do Ceará

* De terça-feira a sábado, as 6 e 19horas.
*Domingo : às 7, 9, 17, 18h30 e 20horas.

Paróquia Nossa Senhora Aparecida, à Avenida Gomes de Matos, no bairro Montese.

*De 2ª à sexta-feiras, às 18h30, exceto nas terças-feiras.
*Domingo: às 7, 9,17 e 19 horas;*Nos dias 12, Missa em honra a Nossa Senhora Aparecida; dia 13, Nossa Senhora de Fátima, e dia19, Santo Expedito. E toda 1ª terça-feira do mês, Missa de Cura.

Paróquia do Coração de Jesus, no Centro de Fortaleza, na Praça do Coração de Jesus.

*Diariamente, de segunda-feira a domingo, às 7 horas.
* Domingo: às 7,8,30, 16 e 18 horas.

Paróquia de Cristo Rei, à Rua Nogueira Acioli, 263, na Aldeota.

De segunda-feira à sexta-feira, às 6h30 e às 17 horas
Sábado, às 6h30, 17 e 19 horas.
Domingo, 6h30, 9, 11, 17 e 19 horas
Últimas terças-feiras: “Noite da Misericórdia”. Observação: não há missa das 17 horas.
Dia 13 – Missa Mariana: às 12 horas, na Igreja Matriz e às 18 horas, na Praça Ceart.

Paróquia Nossa Senhora do Carmo, na Avenida Duque de Caxias, no Centro de Fortaleza

Domingo, às 8, 10, 17 e 18h30
Sábado, às 7h30, 17h30 e 17h30
De 3ª A 6ª feira, às 7h30 e 17 horas.     

Paróquia de Santa Luzia,  Rua Tenente Benévolo esquina com Rua Antônio Augusto

Diàriamente, às 17 horas
Sábado, às 17 e 19 horas.
Domingo, às 8, 10 (missa das crianças), 17 e 19 horas (missa dos jovens)
Todo dia 13 de cada mês, missa às 12 horas, em honra a Nossa Senhora de Fátima.

Paróquia de São Gonçalo do Amarante, a 57 quilômetros distante de Fortaleza

De terça-feira à sexta-feira, às 18 horas.
Domingo, às 19 horas.

Igreja Matriz de São José - Lagoa Redonda (Avenida Recreio, 1815)
- Sábado, 20 horas
- Domingo, 7 e 17h30

Capela de Santa Edwiges, Conjunto Curió Lagoa Redonda (Rua Isabel Ferreira, 1001)
- Domingo às 9 horas

Igreja dos Remédios – Benfica – na Avenida da Universidade
- Às segundas e quartas-feiras, às 6h30m.
- Às terças, quintas e sextas-feiras, às 17h30min.
- Aos sábados – 15h30min e 17 horas.
- Aos domingos, às 7, 17 e 19 horas.
- Domingos, ás 9horas, Missa com crianças (exceto no 1. domingo de cada mês, dia dos batizados)
- No primeiro sábado, missa pela saúde e todo o dia 13, às 12 horas, celebração em honra a Nossa Senhora. Mais informações pelo telefone (85) 3223.5644.

Envie-nos os horários de Missa de sua Paróquia ou Comunidade para o e-mailvaivém@secrel.com.br