Em destaque, Jonathan Alifer
Albuquerque (à esquerda) e Jorge Heracleo (à direita) / Foto: Captura de tela -
Facebook Escolástica da Depressão
Cachoeira Paulista, 15 Dez. 17 /
10:30 am (ACI).-
Jovens que se passam por sacerdotes da Igreja Católica têm
circulado por cidades do Brasil e, no último dia 13 de dezembro, participaram
de uma Missa na
Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), tendo sido retirados do
presbitério assim que a falsidade ideológica foi descoberta.
O fato ocorreu durante a Celebração
Eucarística presidida por Padre Roger Luís, transmitida pelo canal Canção Nova.
No presbitério estavam dois falsos sacerdotes, os quais tinham sido denunciados
pela Diocese de Caruaru (PE) em outubro deste ano.
Na ocasião, a Diocese pernambucana
publicou um comunicado no qual declara que “José Lucas Carlos Pinheiro, nascido
em Gravatá aos 11/02/1998, Jonathan Alifer Albuquerque da Silva, nascido em
Apucarana - PR aos 07/06/1996, Carlos, de Camocim de São Felix, afastaram-se da
Igreja Católica, Apostólica, Romana”.
Segundo a nota, estes jovens “vêm
confundindo o povo com roupas litúrgicas da Igreja Católica, afirmando que
celebram Missa e outros sacramentos, numa
inequívoca afronta a legislação vigente notadamente o Artigo 7° do Decreto n.
7.107, de 11/02/2010 (Acordo Brasil – Santa Sé), que ‘garante a proteção dos
lugares de culto da Igreja e de suas liturgias, símbolos, imagens,
e objetos cultuais, contra toda forma de violação, desrespeito e uso
ilegítimo’”.
A Diocese de Caruaru informou que
havia recebido “comunicação fidedigna sobre o uso de vestes eclesiásticas e
litúrgicas por parte de cristãos leigos residentes em Gravatá – PE e Camocim de
São Félix – PE”, além de ter “em mãos fotografias que confirmam esta
usurpação”.
“Conclamamos os fiéis Católicos a
permanecerem em comunhão com a Igreja Católica, com o Papa Francisco e com o
Bispo Diocesano, e, portanto, a não participarem de celebrações por eles
promovidas, pois as mesmas não têm nenhum valor religioso ou sacramental. O
Código de direito canônico preceitua que, ‘quem não é promovido à ordem
sacerdotal e simula a administração de um sacramento, seja punido com justa
pena’ (Cân. 1378 e 1379)”, acrescenta.
Um dos falsos sacerdotes se apresenta
em seu perfil do Facebook como Dom Jorge Heracleo e afirma ser Bispo da Igreja
Católica Apostólica Cristo Eterno Sacerdote, na Arquidiocese de Gravatá.
Entretanto, segundo a divisão
eclesiástica territorial, a cidade de Gravatá pertence à Diocese de Caruaru,
não compreendendo assim a uma Arquidiocese, como indica o perfil do falso
Bispo.
No Facebook há ainda uma página
intitulada Arquidiocese de Gravatá, na qual aparecem algumas fotos dos três
falsos sacerdotes, incluindo imagens do que seria a “celebração de posse
episcopal de Dom Jorge Heracleo na paróquia de Nossa Senhora
Aparecida da cidade de Camocim de São Félix”.
Por sua vez, Jonathan Alifer
Albuquerque, também apontado no comunicado da Diocese de Caruaru como um dos
falsos sacerdotes, indica em seu perfil no Facebook que é Chanceler da Cúria
diocesana na Arquidiocese de Gravatá e Padre na Igreja Católica Apostólica
Cristo Eterno Sacerdote.
Após o ocorrido no último dia
13 de dezembro, as imagens dos falsos sacerdotes logo repercutiram nas redes
sociais.
“Estes dois farsantes já foram
condenados pela Igreja Católica e estão invadindo as paróquias se passando por
Padres Católicos”, denunciou a página de Facebook Escolástica da Depressão.
Internautas que assistiram a
celebração relataram nos comentários da publicação que “depois da Consagração,
eles saíram de repente do Altar”.
“Foi estranho... Penso que foi o
próprio Deus, porque eles não chegaram a entregar a Eucaristia,
foi exatamente nessa hora que alguém os tirou do Altar”, comentou Marli Matos.
Por sua vez, Raquel Almeida assinalou
que “os dois apresentaram uma carteirinha falsa, por isso conseguiram”
participar da Missa como padres.
Depois do ocorrido, a Diocese de
Lorena, onde se encontra a Comunidade Canção Nova, informou que “falsos padres
estão se apresentando como ministros legitimamente ordenados da Igreja Católica
dentro” de seu território diocesano.
“Na expectativa de se passarem por
sacerdotes, eles se oferecem para ministrar sacramentos. Os dois jovens que
foram vistos recentemente participando como concelebrantes da Santa Missa na
Canção Nova não receberam nenhum ministério da Igreja Católica, o que torna
inválida qualquer pretensa ação litúrgica exercida por eles”, conclui.
Fonte: ACI Digital
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